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Profissionais de saúde já podem voltar a gozar férias

Alejandro Garcia / EPA

Os profissionais de saúde podem voltar a gozar férias, já que o Governo decidiu revogar o despacho que restringia esse direito devido à pandemia de covid-19.

“Está novamente autorizado o gozo de férias pelos profissionais de saúde desde que seja acautelado o normal funcionamento do serviço, tendo em conta a necessidade de manutenção da prontidão de resposta a um eventual aumento de incidência de covid-19 em Portugal”, anunciou António Lacerda Sales, durante a conferencia de imprensa de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus.

A decisão do Ministério da Saúde é anunciada no Dia Internacional do Enfermeiro, profissionais que hoje foram saudados pelo secretário de Estado pelo trabalho que têm desenvolvido.

“Quero saudar todos os enfermeiros portugueses e a Ordem dos Enfermeiros pelo elevado contributo dado ao nosso país. Os enfermeiros são uma das maiores forças do trabalho do Serviço Nacional de Saúde”, referiu.

“Consciente de que é preciso devolver alguma normalidade à vida dos enfermeiros e dos profissionais de saúde, o Ministério da Saúde decidiu revogar o despacho de 15 de março que restringia o gozo de férias dos profissionais de saúde de forma a que não fosse posta a prestação de cuidados de saúde durante a pandemia”, acrescentou.

António Sales lembrou que existem mais de 46 mil enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde e que cerca de 800 foram contratados no âmbito da pandemia. “Estes profissionais têm sido cruciais no combate à pandemia mas também na atividade além da covid-19”, considerou.

Rastreios extra “equacionados no devido tempo”

Na mesma conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde disse que o rastreamento a “outras situações”, que não lares, prisões e creches, “será equacionado no devido tempo”, admitindo que não está a ser ponderada alguma iniciativa junto das escolas que reabrem na segunda-feira.

“Temos feito, participado e acolhido rastreios de diversa ordem em função da sua pertinência e prioridade e, neste momento, a prioridade é a comunidade educativa que vai participar no retorno à atividade das creches em simultâneo com os lares e o contexto prisional. Outras situações serão equacionadas”, afirmou Graça Freitas.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) entregou, hoje, no Parlamento uma petição com 4500 assinaturas a exigir a realização de testes de despistagem da covid-19 a toda a comunidade escolar.

Confrontada com este apelo, a diretora-geral da Saúde disse, no entanto, que “o Ministério da Saúde apoia rastreios que têm uma mais valia no sentido de poder identificar casos positivos e retirá-los do circuito” e que “outras situações serão equacionadas no devido tempo”.

Graça Freitas aproveitou para fazer um ponto de situação sobre os rastreios em curso, apontando que o plano aos lares, onde reside “uma população muito vulnerável”, está a ser feito em colaboração Ministério do Trabalho e Segurança Social, autarquias e academias, estando “a terminar”.

“Estão a decorrer, com o Ministério da Justiça a encabeçar o plano, rastreios em contexto prisional. E nas creches, estão em curso uma vez que a atividade das creches vai ser retomada e os meninos pequeninos precisam de proteção especial”, referiu.

Portugal regista, hoje, 1163 mortes relacionadas com a covid-19, mais 19 do que na segunda-feira, e 27.913 infetados, mais 234. O total de recuperados é, agora, de 3013. Houve 464 recuperados nas últimas 24 horas, o que constitui um valor recorde.

ZAP // Lusa

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