/

Procura mundial de petróleo pode alcançar o seu nível mais baixo numa década por causa do coronavírus

O surto de coronavírus afetará de forma “significativa” a procura global por petróleo, podendo esta atingir o seu nível de procura mais baixo numa década, alerta a Agência Internacional de Energia (IEA).

Com a desaceleração da economia chinesa, diretamente associada à nova epidemia viral (covid-19), a procura por petróleo bruto durante o primeiro trimestre do ano deverá cair para os 435.000 barris diários, o nível mais baixo em mais de uma década.

Em comunicado, a IEA observa ainda que a previsão de crescimento para 2020 foi reduzida para os 825.000 barris por dia, cerca de 365.000 barris diários abaixo do esperado, representando os níveis mais baixos registados desde 2011.

Os efeitos da epidemia viral chinesa já se fizeram sentir nos preços do petróleo: o preço do petróleo Brent, usado como referencial, diminuiu 20%, atingindo os 55 dólares por barril.

Ainda antes do surto do novo coronavírus chinês, esperava-se que o mercado mundial de petróleo se equilibrasse durante o segundo semestre do ano como resultado de um corte na produção, aumento da procura e diminuição da oferta fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), sediada na cidade francesa de Paris.

Contudo, a OPEP e os seus aliados decidiram agora, como medida de emergência, avançar com um corte adicional na produção de 600.000 milhões de barris por dia, valor se se somará aos 1,7 milhões de barris previstos inicialmente.

“O efeito da crise do covid-19 na economia geral significa que será difícil que os consumidores beneficiem da redução dos preços do petróleo”, observa ainda a IEA.

As autoridades chinesas contabilizaram 5.090 novos casos de infeções por Covid-19 esta quinta-feira, elevando o número total para 63.851 casos na China continental.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.