Prigozhin volta a atacar publicamente o Kremlin

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ZAP // cv AP

O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin

Agora à distância, a partir da Bielorrússia, o comandante do Grupo Wagner fala da “desgraça” russa na Ucrânia. Outro superior deixa um alerta.

Yevgeny Prigozhin está de volta. No que diz respeito às críticas ao Kremlin, está de volta.

O ainda líder do Grupo Wagner foi “convidado” a ir para a Bielorrússia, depois da “marcha pela justiça” que ia até Moscovo mas que foi interrompida no dia seguinte ao seu arranque.

Há poucos dias, ainda surgiu alguma dúvida sobre a localização de Prigozhin, mas o líder do Wagner está na Bielorrússia, com outros mercenários exilados.

E foi a partir da Bielorrússia que gravou um vídeo, publicado nesta quarta-feira, no qual volta a criticar as forças russas na guerra com a Ucrânia.

“O que está a acontecer na linha da frente é uma desgraça e não precisamos de nos envolver nisso”, disse Prigozhin, assegurando assim que o Wagner não vai voltar ao conflito.

Não vai voltar… para já: “Talvez regressemos quando tivermos a certeza de que não será uma vergonha para nós. Devemos esperar pelo momento em que possamos mostrar o nosso valor ao máximo”.

“Lutámos com dignidade. Fizemos muito pela Rússia”, continuou o mercenário, que agora tem outras prioridades para o Grupo Wagner.

Os mercenários vão continuar na Bielorrússia durante algum tempo e a ideia é transformar o exército bielorrusso no “segundo maior exército do mundo. E, se for preciso, lutaremos por eles”, avisou.

Noutro contexto, Yevgeny Prigozhin falou sobre as “raparigas locais” – na Bielorrússia – que já estão a falar entre elas sobre o Grupo Wagner. “Tenham cuidado para não magoar nenhuma delas”, disse o líder aos mercenários.

O Grupo Wagner está também a “reunir forças” para depois partir para “um novo caminho em África”.

Dmitry Utkin, outro superior do Grupo Wagner, também foi mencionado por Prigozhin e aplaudido pelo grupo.

Utkin deixou um aviso: “Isto não é o fim. Isto é apenas o começo da maior obra que será realizada muito em breve. Bem-vindos ao inferno!“.

ZAP //

5 Comments

  1. A realidade é que o exército russo é uma comédia total. Uma vergonha. Se não fossem as armas nucleares qualquer país invadia aquilo em meia dúzia de meses. Se esta guerra serviu para alguma coisa foi para ver que em 70 anos o exército russo pouco mudou.

  2. Este é que diz as verdades que o rato Putin não quer ouvir. Morrem russos uns atrás dos outros. É tudo carne para canhão. E um dia, familiares e amigos, vão cobrar.

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