Prigozhin está na Rússia. Mas Putin só vai “espancá-lo”

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ZAP // Metzel Mikhail / TASS / ZUMA

Revelações e ironias de Alexandr Lukashenko, que falou com o líder do Grupo Wagner e vai estar com o presidente da Rússia.

Yevgeny Prigozhin foi para a Bielorrússia, depois da sua “marcha” até Moscovo que durou menos de 24 horas. A informação foi dada pelo presidente da Bielorrússia.

Menos de duas semanas depois, o líder do Grupo Wagner já não está na Bielorrússia e voltou à Rússia. A informação também foi dada pelo presidente da Bielorrússia.

“Ele está em São Petersburgo. Para onde foi hoje de manhã? Talvez ele tenha ido para Moscovo, talvez para outro lugar, mas não está no território da Bielorrússia”, disse Alexandr Lukashenko.

“Que eu saiba, ele é livre, pode ir para onde quiser”, reforçou Lukashenko, durante uma conversa com jornalistas, citado na agência BelTA.

De acordo com o portal Fontanka, Prigozhin está (ou esteve) mesmo em São Petersburgo, pelo menos na terça-feira. Foi recolher as suas armas, que tinham sido encontradas durante uma busca à sua casa. As autoridades russas decidiram devolver dinheiro e armas ao líder do Wagner.

O portal Izvestia revela outra busca, realizada aparentemente a outra casa e a um escritório do militar. Foram encontradas (de novo) muitas armas, barras de ouro, vários passaportes e muito dinheiro, além de perucas e uma sala de oração privada, por exemplo.

Voltando a Lukaskenko, o presidente da Bielorrússia revelou aos jornalistas que ontem, quarta-feira, esteve a falar ao telefone com Yevgeny Prigozhin para “discutir outras acções do Grupo Wagner”.

“Ele garantiu-me uma coisa: vai trabalhar pelo bem da Rússia e vai cumprir o dever do grupo até ao fim”, assegurou.

O presidente da Bielorrússia não acredita que Vladimir Putin queira matar Prigozhin: “O que se segue? Bem, tudo é possível. Mas se acham que Putin é assim tão rancoroso e vingativo, Prigozhin será ‘espancado’ amanhã…”, ironizou Alexandr Lukashenko, lê-se no Pravda.

Lukashenko vai estar em breve com Putin para discutir precisamente o futuro do Grupo Wagner.

Em relação ao Grupo Wagner, o presidente da Bielorrússia disse que qualquer pergunta sobre a localização do grupo paramilitar não deverá ser respondida por ele. Mas situou os seus elementos.

“Tanto quanto eu estou informado, os combatentes são combatentes muito sérios do Wagner e estão nas suas bases, nos acampamentos onde estiveram após serem retirados da guerra, para recuperação, tratamento, descanso e por aí em diante. Há uma rotação habitual na guerra. Depois de Bakhmut, foram retirados para o seu acampamento, onde estão”, descreveu.

Lukashenko também negou as notícias sobre acampamentos construídos por bielorrussos para acolher o Grupo Wagner. “Oferecemos vários antigos acampamentos militares que foram usados nos tempos soviéticos”.

O presidente da Bielorrússia disse ainda que a presença do Grupo Wagner no seu país não o preocupa. Aliás, se for preciso, os soldados Wagner vão defender a Bielorrússia em caso de guerra.

ZAP //

2 Comments

  1. “e a um escritório do militar.”

    Prigozhin não é um militar. Ele é um mercenário. Quando muito poderão classificá-lo como um paramilitar.

  2. Sinceramente, há noticias, que deveriam classificadas não noticias. Militar? ou será um Paramilitar ao serviço de Putim a lhe pagar fortunas, em que faltou a mensalidade e levou um corte. Paga-se para roubar outros países e desestabilizar o Continente Africano e não só… Militar? ou terroristas a soldo do Kremlin?

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