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Presos políticos na Venezuela desconhecem em que condições foram libertados

Nathalie Sayago / EPA

Dezenas de presos políticos na Venezuela, entre eles três luso-descendentes, dirigiram-se hoje, dois dias depois de libertados pelas autoridades, aos tribunais para conhecerem as condições da sua libertação, mas sem sucesso.

“Disseram-nos que tínhamos que apresentar-nos nos tribunais mas estavam fechados. Quero saber com exatidão quais são as nossas condições porque dizem que teremos que assinar um documento de extradição”, disse um dos libertados à Agência Lusa.

O mesmo cidadão recusou-se a avançar com quaisquer outros pormenores argumentando não poder “fazer declarações à imprensa pelo menos até conhecer as reais condições em que foi libertado”.

A 23 de dezembro último, três presos políticos luso-venezuelanos deixaram o centro de detenção dos Serviços Bolivarianos de Inteligência (serviços secretos), passando a estar em liberdade condicional, na sequência de uma recomendação feita pela Assembleia Constituinte aos organismos judiciais da Venezuela.

Na sequência da recomendação, que abrangeu dezenas de presos políticos, foram libertados os luso-venezuelanos Dany Abreu (33 anos), Juan Miguel de Sousa (53 anos) e Jorge Castro (37 anos), que foram detidos em 2014 e acusados de terrorismo, associação para cometer delito e conspiração contra o Governo venezuelano.

Hoje, durante a ida ao tribunal, o advogado Joel Garcia explicou aos jornalistas que além de saber quais as condições que lhes tinham sido impostas, estes ex-presos políticos queriam ainda assinar a ata de libertação, mas não havia “despacho”.

// Lusa

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