O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, anunciou hoje numa comunicação ao país que indigitou o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, para o cargo de primeiro-ministro.
Depois de concluída a audição dos partidos sobre a formação do novo Governo, o presidente da República anunciou ao país ter indigitado Passos Coelho para formar governo.
“Lamento profundamente que, num tempo em que importa consolidar a trajetcória de crescimento e criação de emprego e em que o diálogo e o compromisso são mais necessários do que nunca, interesses conjunturais se tenham sobreposto à salvaguarda do superior interesse nacional”, referiu o presidente.
“Esta situação é tanto mais singular quanto as orientações políticas e os programas eleitorais desses partidos não se mostram incompatíveis, sendo, pelo contrário, praticamente convergentes quanto aos objetivos estratégicos de Portugal”, acrescentou Cavaco Silva.
Neste contexto, acrescentou, depois de ouvir os sete partidos com assento parlamentar e tendo presente que nos 40 anos de democracia portuguesa a responsabilidade de formar Governo foi sempre atribuída a quem ganhou as eleições, “indigitei hoje, como primeiro-ministro, o doutor Pedro Passos Coelho, líder do maior partido da coligação que venceu as eleições do passado dia 04 de outubro”, anunciou o presidente.
O Presidente lembrou que “a última palavra” na formação do Governo cabe aos deputados, a quem compete decidir “em consciência tendo em conta superiores interesses da nação” se o Governo deve assumir as suas funções.
“A nomeação do primeiro-ministro pelo Presidente não encerra o processo de formação do Governo”, afirmou o chefe de Estado.
“A última palavra cabe à Assembleia da República ou, mais precisamente, aos deputados à Assembleia da República. A rejeição do Programa do Governo, por maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções, implica a sua demissão”, concluiu.
Inevitavelmente, “Passos Coelho vai ser derrubado”
Entretanto, a Comissão Política do Partido Socialista encontra-se reunida, aguardando-se uma reacção dos socialistas à decisão do Presidente.
Mas o deputado socialista João Soares reagiu já hoje, lamentando que o Presidente da República tenha indigitado o líder do PSD como primeiro-ministro, numa decisão que faz o país “perder tempo” porque “inevitavelmente Passos Coelho vai ser derrubado” no parlamento.
“Penso muito sinceramente que esta decisão do Presidente faz o país perder tempo porque inevitavelmente quem foi indigitado como futuro primeiro-ministro vai cair nesta Assembleia da República, não tenho sobre isso qualquer espécie de dúvidas”, afirmou João Soares aos jornalistas.
ZAP / Lusa
Claro! A coligação teve maioria absoluta!… Não?… Iiiiiihhh…. A “primeira” do “melhor Presidente da República que alguma vez tivemos! Enganou-se. Acontece aos melhores (?)… Enfim…
Numa nota totalmente á parte…
“interesses conjunturais”? Só se forem os dele…
Mas faz sentido. Alguém que não pode com a democracia e a República, como tantas vezes tem demonstrado, só poderia actuar assim, desrrespeitando a maioria (absoluta, embora dividida) da vontade do portugueses. Mas foi como ele disse… Os compromissos internacionais são os mais importantes, os portugueses… naaaaa (não foi exactamente o que ele disse, mas foi aquilo que ele queria dizer).
Por fim, anunciar algo que já estava decidido muito antes da campanha eleitoral? Nem valia a pena os 9 minutos usados!
Para finalisar, ficou-lhe muito mal, aquilo que disse ácerca dos “outros” partidos (BE, CDU e PAN). Parece que lhe cabe a ele definir a política que esses partidos “professam”…
Votem no Marcelo e vão ver o Cavaco a triplicar!
Qual o líder do partido que tenha ganho as eleições e não foi eleito 1º Ministro mesmo em minoria parlamentar nos últimos 40 anos? Que raio de zoada lhe saiu da cabeça dos dedos pá!
Nunca aconteceu, mas está previsto na Constituição. Ganha quem elege mais deputados! O PS, BE e CDU, têm bastantes mais que a Coligação. O Cavaco é que não quer! Não é uma questão de tradição! É uma questão de simples matemática. Nunca aconteceu, mas não quer dizer que não possa aconteçer. E é perfeitamente legal e democrático! Vá ler a Constituição! Ah! É verdade! Ninguém (o anterior e este Governo que infelizmente vem aí…) respeita a Constituição! Para que serve senão para criar obstáculos? A Ferreira Leite bem disse que era preciso suspender a Constituição (temporariamente?) para se fazer as reformas que ela achava necessárias. Nem mesmo o maior garante desta (o PR, caso não saiba). Se não fosse o Tribunal Constitucional, as alarvidaes que teriam acontecido no país… Ainda bem que ela existe! E é ela que pode permitir aquilo que diz ser uma zoada.
Então vai ser assim: Passos forma governo. O governo cai e o orçamento não passa. Cavaco não empossa um governo de esquerda. O país entra em auto gestão. O Costa vai à vidinha. O próximo presidente (Marcelo Rebelo de Sousa, como é óbvio) convoca eleições. A PaF ganha com uma larguíssima maioria. Em jeito de conclusão diria que é um déjà vu de 1988, que antecedeu às duas maiorias claríssimas de Cavaco Silva.
E pronto, era tudo que eu tinha para dizer hoje!
A história repete-se… Pelo poder alguns socialistas a coberto da gravata e postura oratória não passam de paladinos de “contos de vigário”…
António Barreto antevê governo de esquerda a “rebentar com toda a força”(RTP). Alguns comissários desabotoam o colarinho, descem a gravata e querem ver que ainda vem por aí um MOVIMENTO REFORMADOR ou um novo Partido Renovador Democrático (PRD) Eanista (47 deputados) ? Lembram-se porquê?
Cheira-lhes bem. Cheira-lhes a P O D E R.
E aos actuais, não? Olha só para o “irrevogável”. Quando lhe cheirou a mais poder, decidiu (para bem do País…) alterar o significado da palavra. A mesma pessoa que há uns anos largos (ainda era jornalista e bom) disse que era anti poder!
Você deve ser daqueles que lucrou com esta política (e a sua continuidade) ou… é burr……..
Todos querem o Poder! Vermelhos, Rosa, Laranjas, Azuis. O que interessa é o que vão fazer com ele e de que maneira isso nos afectará. Quem não pensa assim, vive no mundo (de fantasia) do Passos Coelho onde não há desemprego, a Educação está óptima, a Economia fantástica, a Saúde… com saúde… e por aí adiante. Ou é burr… E o CDS não será uma espécie de PRD (que viabiliza o Governo)?