Presidente da República cancela comemorações do 10 de junho

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, cancelou as comemorações do 10 de junho nos moldes como decorrem normalmente devido à pandemia de Covid-19.

Segundo noticiou o Público, a decisão do Presidente deve-se ao facto de considerar que não existem condições de saúde pública para garantir as comemorações do Dia de Portugal, que este ano estavam marcadas para a Madeira e para a África do Sul.

“Haverá dia de Portugal, não haverá é a celebração prevista, quer na Madeira, quer na África do Sul”, esclareceu Marcelo Rebelo de Sousa, após uma conversa por videoconferência com o bastonário da Ordem dos Médicos. A celebração será, assim, em Lisboa, “com os cuidados impostos pelas circunstâncias”.

“Implicaria a movimentação de centenas de militares e centenas de civis do continente para a Madeira e a presença de milhares de nossos compatriotas madeirenses”, justificou o chefe de Estado. Ainda assim, garante que vão haver celebrações. “Portugal continua”, atirou.

“Portanto, haverá a celebração do 10 de junho em Lisboa, mas com os cuidados impostos pelas circunstâncias. Espero que possa haver o 10 de junho na Madeira e na África do Sul no ano que vem”, acrescento.

Marcelo já terá enviado essa informação aos presidentes do Governo Regional, da assembleia legislativa da Madeira e da Câmara do Funchal, ao representante da República, ao primeiro-ministro e ainda ao presidente da Assembleia da República.

O cardeal e poeta José Tolentino Mendonça tinha sido escolhido para presidente das comemorações deste ano.

Em 2016, quando tomou posse, Marcelo lançou uma medida para que as celebrações do Dia de Portugal começassem em território nacional e se estendessem a um país estrangeiro com comunidades emigrantes portuguesas.

As cerimónias já foram realizadas em Lisboa e Paris (França, em 2016, no Porto, no Rio de Janeiro e em São Paulo (Brasil), em 2017, nos Açores e nos Estados Unidos, em 2018, e em Portalegre e Cabo Verde, em 2019.