Apesar da pandemia, a praxe vai continuar em Coimbra, mas com algumas medidas sanitárias. Lisboa, Porto e Aveiro já anunciaram a suspensão de todas as atividades, enquanto se aguarda decisão no Minho.
Na semana passada, a Academia do Porto anunciou que, este ano, no regresso às aulas, “todas as atividades de praxe” ficam suspensas devido à pandemia de covid-19. No mesmo sentido, o reitor da Universidade de Lisboa proibiu receções ao caloiro e atividades relacionadas com a praxe.
“É proibida a realização de quaisquer atividades relativas a praxes académicas, qualquer que seja a forma que possam assumir e o local onde decorram”, escreveu o reitor António Cruz Serra, num despacho citado pelo Jornal de Notícias.
Aveiro seguiu o mesmo exemplo e, em Braga e Guimarães, aguarda-se uma decisão do chamado Cabido de Cardeais, o grupo que organiza a praxe na Universidade do Minho.
Através do Facebook, o Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra publicou, esta segunda-feira, uma lista de regras sanitárias para que se possa prosseguir com a praxe neste ano letivo.
https://www.facebook.com/cveteranos/posts/3708536315824423
O uso de máscara é obrigatório durante todas as atividades relacionadas com a praxe; estão proibidas “mobilizações com mais de dez participantes”; ficam interditas “todas as interações e atividades que envolvam contacto físico”; e é obrigatória uma “distância mínima de segurança de dois metros”.
O chamado Decretus Extraordinarius prevê que o incumprimento destas regras seja punível segundo a Praxe e “passível de Processo Disciplinar junto da Universidade”. O Conselho de Veteranos realça ainda que a praxe tem a responsabilidade de combater a covid-19.
Foi anunciada também a criação de uma nova iniciativa, os “Caloiros de Segurança Pública”, escreve o Observador. O objetivo passa por criar uma “ferramenta de contribuição positiva para a sociedade através da divulgação das normas de segurança junto — e através — dos novos estudantes e participando em ações de entreajuda comunitária”.