O relatório “Global Risks Report 2025” do Fórum Económico Mundial (FMI) revela os principais riscos para Portugal neste novo ano. A nível mundial, as principais ameaças são os conflitos armados e as alterações climáticas.
Tensões geopolíticas, desafios climáticos, sociais e tecnológicos são ameaças à estabilidade mundial, como se analisa na 20.ª edição do “Global Risks Report” do FMI.
Os conflitos armados e os eventos climáticos extremos são os principais riscos a nível mundial, numa altura de grandes tensões geopolíticas e com as alterações climáticas a notarem-se cada vez mais.
Mas Portugal enfrenta outros desafios.
Falta de mão-de-obra é o maior risco em Portugal
O principal risco para o nosso país é a falta de talentos e de mão-de-obra, um problema que já se registou em 2024, nomeadamente com a escassez de trabalhadores para concluir as obras do PRR – o que pode levar o país a perder o dinheiro dos fundos europeus.
A recessão económica, ou a estagnação, é o segundo maior risco para Portugal em 2025, como assinala o relatório do FMI. Seguem-se os serviços públicos e as protecções sociais insuficientes e depois a pobreza e a desigualdade na saúde e nos rendimentos.
Finalmente, a sombra da dívida pública pode voltar a pairar sobre a economia nacional, com o “Global Risks Report 2025” a colocá-la como o quinto risco que Portugal enfrenta neste ano.
Duas grandes ameaças a nível mundial
No relatório do FMI, assinala-se a ameaça de conflitos armados como o grande risco para 2025. “Num mundo que tem assistido a um número crescente de conflitos armados na última década”, a segurança nacional começa “a dominar as agendas governamentais”, aponta o documento.
Neste âmbito, o relatório fala numa “recessão geopolítica“, apontando “os perigos do unilateralismo se instalar nas considerações de segurança nacional” e destacando “os impactos humanitários cada vez piores dos conflitos em curso”.
Tocando directamente na ferida, a análise do FMI menciona “o risco de mais consequências desestabilizadoras após a invasão da Ucrânia pela Rússia”, e fala das situações no Médio Oriente e no Sudão, considerando que estas preocupações se devem alargar para lá de 2025.
Os eventos climáticos extremos surgem como a segunda maior ameaça a nível global em 2025, seguindo-se a confrontação geo-económica, a desinformação e a polarização social.
Desinformação será a maior ameaça global em 2027
Projectando já o ano de 2027, o relatório do FMI prevê que a desinformação se torne na principal ameaça para o mundo, seguindo-se, então, os eventos climáticos extremos, os conflitos armados e a polarização social.
Finalmente, entrará para este top cinco de riscos a ciberespionagem.
2035 arrisca ser “o ponto de não retorno”
Numa perspectiva a dez anos, o “Global Risks Report 2025” dá maior ênfase aos riscos ambientais, apontando que 2035 pode ser “o ponto de não retorno”, registando eventos climáticos extremos, perda de biodiversidade e o colapso de ecossistemas.
O relatório do FMI teme ainda que ocorram, dentro de uma década, mudanças críticas nos sistemas da Terra e que haja uma falta assinalável de recursos naturais.
As desigualdades, a ciberespionagem e a desinformação, entre outras ameaças, também estarão bem presentes, segundo a previsão a dez anos.
Os profetas da desgraça com projeções a 2035 esperemos que não se perca a liberdade por medo, ignorância e miséria a troco destas previsões ou da inteligência artificial , aí sim a realidade será muito pior do que estes pseudoestados de alma, muitas das vezes encomendados por razões que a razão desconhece.
Aos cidadãos solicita-se que se orgulhem do desenvolvimento social do passado, encarem o presente com energia para contrariar as utopias ou distopias e projetem o futuro com confiança e esperança como em outras ocasiões difíceis na história da humanidade.
Se não queremos importar mão-de-obra de outros países, temos nós que gerar mais filhos e evitar que – os poucos jovens que ainda restam em Portugal – resistam a tentação de receber salários cinco vezes maiores em países como Suíça, Alemanha e Luxemburgo.
A questão é simples: ou fazemos mais filhos ou importamos mão-de-obra.
Eu estou a pagar a reforma dos nossos pais, mas quem vai pagar a nossa reforma?