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Governo quer facilitar entrada de imigrantes para não perder dinheiro do PRR

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António Pedro Santos / Lusa

Rosto do ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, de óculos.

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.

A falta de trabalhadores no sector da construção civil está a deixar vários concursos públicos para obras financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) desertos. Governo já prepara mecanismos para facilitar a entrada de imigrantes para resolver o problema.

Os “concursos públicos desertos fizeram soar os alarmes” no Governo, adianta o Jornal de Notícias (JN), sublinhando que as empresas de construção civil têm falta de trabalhadores e que, por isso, não se candidatam aos concursos públicos para executar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Perante isto, o Governo está a preparar “um mecanismo para facilitar a entrada de estrangeiros“, sublinha o mesmo jornal.

“Não há condições para executar” o PRR sem mais imigrantes

A falta de mão de obra na construção civil é uma realidade dos últimos anos, mas que se agravou com o fim da “manifestação de interesse“, situação que originou uma queda de 80% no número de pedidos de residência de imigrantes.

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida já tinha avisado, há cerca de um mês, que “não há condições para executar” o PRR sem a entrada de mais imigrantes.

Nesta altura, faltam cerca de 80 mil trabalhadores só para “executar as obras já previstas e calendarizadas” no PRR, aponta o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), Manuel Reis Campos, em declarações ao JN.

A falta de mão de obra na construção civil verifica-se em “todos os níveis de qualificação“, segundo Reis Campos que sublinhando, nomeadamente, que há “necessidade de técnicos com formação em áreas como BIM, construção modular e tecnologias de eficiência energética”.

Esta situação levou a um aumento de 27% no salário médio bruto praticado no sector nos últimos cinco anos, passando de 958 euros para 1218 euros, segundo apurou o JN.

“Via verde” para a contratação de estrangeiros

Na próxima semana, o Governo vai discutir com as associações patronais medidas para resolver esta questão da falta de mão de obra.

Em cima da mesa devem estar propostas no sentido de facilitar a entrada de imigrantes, nomeadamente uma “via verde para empresas” na admissão de trabalhadores estrangeiros.

Esta medida pode passar por “facilitar a entrada do trabalhador estrangeiro mediante uma responsabilização do patrão“, apurou ainda o JN.

Neste sentido, a empresa teria de “garantir um contrato de trabalho, residência e formação profissional” para permitir ao trabalhador manter-se em Portugal, “até à concessão do visto de residência”, acrescenta o jornal.

Para já, a única coisa que é certa é que o atraso nas obras do PRR levará a uma perda do financiamento. O prazo para a sua execução é até 31 de Dezembro de 2026.

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14 Comments

  1. Com a quantidade de portugueses no estrangeiro a trabalhar na construção civil, nós por cá vamos “mandar vir” estrangeiros… se pagassem salários decentes em Portugal aos nossos, não haveria necessidade de importar mão de obra!

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      • Se não quer trabalhar, pague para outro trabalhar por si. Se não tem capacidade, feche.

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  2. Querem fazer construção, enriquecer com fundos europeus, mas não querem pagar mais de 1200 brutos e ficam sem nada. Os empresários Portugueses são mesmo uma estirpe à parte, nem para eles sabem ser bons. Se pagassem mais tinham menos lucro por obra mas muito mais obras. Abram os olhos, salários baixos nunca vão proporcionar crescimento sustentável.

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    • Se fosse só na construção estaríamos bem, Restauração e Hotelaria é onde o bom empresário português (e não só) enchem bem os bolsos.

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  3. Deixem-nos entrar a todos e os Portugueses que puderem vai sair. Portugal já não é Portugal nem tão pouco é dos Portugueses. É uma tristeza ver o caminho traçado por estes políticos da treta!

  4. E como se esses emigrantes fossem resolver o probelema, são uns molengas trabalhar pouco ou nada, eu instalo avac acompanho e cada vez pior mas podem vir os que vierem, não e a solução, e fica cada trabalho melhor que outro até dói, neste pais paga-se subsidios para estarem na boa vida, e por ai fora

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  5. Para deixar entrar mais imigrantes deixava-se estar o PS, que o fazia muito bem. Tem até o Dourotamento no assunto. Que vergonha, este governo AD, com tiques de PS+BE+PCP! Parece que foi instruído pelo Paulo Raimundo.

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  6. Os concursos ficam desertos porque o preço-base é inferior ao custo da obra.
    As empresas não podem concorrer a perder dinheiro. São privadas, se têm prejuízo vão à falência.
    Só as empresas pública podem ter prejuízos contínuos e infinitos.

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    • Como bem disse, são preços base, não quer dizer que não subam, ou desçam. O problema maior, é que ninguém se arrisca a concorrer sem ter certeza de poder realizar a obra nos tempos previstos, com excepção dos atrasos habituais justificados.

    • Como bem disse, são preços base, não quer dizer que não subam, ou desçam. O que acontece é que ninguém concorre se não souber que vai poder realizar a obra no prazo previst, com excepção dos atrasos justificados.

  7. o que está a dar é construção para os Vistos Gold, para os Estrangeiros da UE que depois metem no AL. Depois ficam admirados de falta mão-de-obra, está tudo ocupado com os estrangeiros.
    Duvido que a solução de imigrantes seja uma solução, são gente inqualificada e dpois não sabem a lingua o que é um grande entrave. Depois de entrarem, e não conseguirem trabalho é mais um peso nas contas publicas.

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  8. Mas será que os Portugueses quando foram á procura de trabalho no estrangeiro ,e não se esqueçam que são cerca de
    5-milhões ,e não me parece que todos sabiam falar a lingua desses países,que a maior parte nem a quarta classe tinham, os Imigrantes são bem vindos, excepto alguns entrenhados da extrema direita que por aquii andam a comentar.

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