A falta de trabalhadores no sector da construção civil está a deixar vários concursos públicos para obras financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) desertos. Governo já prepara mecanismos para facilitar a entrada de imigrantes para resolver o problema.
Os “concursos públicos desertos fizeram soar os alarmes” no Governo, adianta o Jornal de Notícias (JN), sublinhando que as empresas de construção civil têm falta de trabalhadores e que, por isso, não se candidatam aos concursos públicos para executar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Perante isto, o Governo está a preparar “um mecanismo para facilitar a entrada de estrangeiros“, sublinha o mesmo jornal.
“Não há condições para executar” o PRR sem mais imigrantes
A falta de mão de obra na construção civil é uma realidade dos últimos anos, mas que se agravou com o fim da “manifestação de interesse“, situação que originou uma queda de 80% no número de pedidos de residência de imigrantes.
O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida já tinha avisado, há cerca de um mês, que “não há condições para executar” o PRR sem a entrada de mais imigrantes.
Nesta altura, faltam cerca de 80 mil trabalhadores só para “executar as obras já previstas e calendarizadas” no PRR, aponta o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), Manuel Reis Campos, em declarações ao JN.
A falta de mão de obra na construção civil verifica-se em “todos os níveis de qualificação“, segundo Reis Campos que sublinhando, nomeadamente, que há “necessidade de técnicos com formação em áreas como BIM, construção modular e tecnologias de eficiência energética”.
Esta situação levou a um aumento de 27% no salário médio bruto praticado no sector nos últimos cinco anos, passando de 958 euros para 1218 euros, segundo apurou o JN.
“Via verde” para a contratação de estrangeiros
Na próxima semana, o Governo vai discutir com as associações patronais medidas para resolver esta questão da falta de mão de obra.
Em cima da mesa devem estar propostas no sentido de facilitar a entrada de imigrantes, nomeadamente uma “via verde para empresas” na admissão de trabalhadores estrangeiros.
Esta medida pode passar por “facilitar a entrada do trabalhador estrangeiro mediante uma responsabilização do patrão“, apurou ainda o JN.
Neste sentido, a empresa teria de “garantir um contrato de trabalho, residência e formação profissional” para permitir ao trabalhador manter-se em Portugal, “até à concessão do visto de residência”, acrescenta o jornal.
Para já, a única coisa que é certa é que o atraso nas obras do PRR levará a uma perda do financiamento. O prazo para a sua execução é até 31 de Dezembro de 2026.
Com a quantidade de portugueses no estrangeiro a trabalhar na construção civil, nós por cá vamos “mandar vir” estrangeiros… se pagassem salários decentes em Portugal aos nossos, não haveria necessidade de importar mão de obra!
E se pagarem salários iguais aos que eles auferem, quem teria dinheiro, cá, para lhes pagar? Tu! Eu não.
Se não quer trabalhar, pague para outro trabalhar por si. Se não tem capacidade, feche.
Querem fazer construção, enriquecer com fundos europeus, mas não querem pagar mais de 1200 brutos e ficam sem nada. Os empresários Portugueses são mesmo uma estirpe à parte, nem para eles sabem ser bons. Se pagassem mais tinham menos lucro por obra mas muito mais obras. Abram os olhos, salários baixos nunca vão proporcionar crescimento sustentável.
Se fosse só na construção estaríamos bem, Restauração e Hotelaria é onde o bom empresário português (e não só) enchem bem os bolsos.
Deixem-nos entrar a todos e os Portugueses que puderem vai sair. Portugal já não é Portugal nem tão pouco é dos Portugueses. É uma tristeza ver o caminho traçado por estes políticos da treta!
E como se esses emigrantes fossem resolver o probelema, são uns molengas trabalhar pouco ou nada, eu instalo avac acompanho e cada vez pior mas podem vir os que vierem, não e a solução, e fica cada trabalho melhor que outro até dói, neste pais paga-se subsidios para estarem na boa vida, e por ai fora
Para deixar entrar mais imigrantes deixava-se estar o PS, que o fazia muito bem. Tem até o Dourotamento no assunto. Que vergonha, este governo AD, com tiques de PS+BE+PCP! Parece que foi instruído pelo Paulo Raimundo.
Quer facilitar?! Mais aínda?! Já estou com medo!
Os concursos ficam desertos porque o preço-base é inferior ao custo da obra.
As empresas não podem concorrer a perder dinheiro. São privadas, se têm prejuízo vão à falência.
Só as empresas pública podem ter prejuízos contínuos e infinitos.
Como bem disse, são preços base, não quer dizer que não subam, ou desçam. O problema maior, é que ninguém se arrisca a concorrer sem ter certeza de poder realizar a obra nos tempos previstos, com excepção dos atrasos habituais justificados.
Como bem disse, são preços base, não quer dizer que não subam, ou desçam. O que acontece é que ninguém concorre se não souber que vai poder realizar a obra no prazo previst, com excepção dos atrasos justificados.
o que está a dar é construção para os Vistos Gold, para os Estrangeiros da UE que depois metem no AL. Depois ficam admirados de falta mão-de-obra, está tudo ocupado com os estrangeiros.
Duvido que a solução de imigrantes seja uma solução, são gente inqualificada e dpois não sabem a lingua o que é um grande entrave. Depois de entrarem, e não conseguirem trabalho é mais um peso nas contas publicas.
Mas será que os Portugueses quando foram á procura de trabalho no estrangeiro ,e não se esqueçam que são cerca de
5-milhões ,e não me parece que todos sabiam falar a lingua desses países,que a maior parte nem a quarta classe tinham, os Imigrantes são bem vindos, excepto alguns entrenhados da extrema direita que por aquii andam a comentar.