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Inventor que matou jornalista sueca tinha vídeos de decapitação no computador

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Bax Lindhardt Denmark Out / EPA

O inventor Peter Madsen depois de ter sido resgatado do naufrágio do seu submarino

A polícia dinamarquesa encontrou vídeos de mulheres a serem decapitadas no disco externo do inventor acusado pela morte da jornalista Kim Wall, depois de esta ter embarcado no seu submarino, sobre o qual estava a escrever um artigo.

Peter Madsen foi acusado pela morte da jornalista sueca, de 30 anos, que desapareceu misteriosamente a 10 de agosto, dia em que embarcou no submarino do inventor dinamarquês. O torso de Kim Wall acabou por ser encontrado nas águas de Copenhaga onze dias depois.

Agora, segundo a BBC, a polícia dinamarquesa encontrou vídeos de mulheres a serem torturadas, decapitadas e queimadas no disco externo que alegadamente pertence ao inventor.

Madsen, que nega o homicídio da jornalista, já afirmou que esse disco não lhe pertence e que todas as pessoas que trabalhavam no laboratório tinham acesso ao hardware.

O procurador a cargo da investigação, Jakob Buch-Jepsen, diz que esta nova descoberta vem “reforçar” as suspeitas sobre Madsen desde a sua última aparição em tribunal, no dia 5 de setembro.

Além disso, a autópsia ao corpo de Wall mostra ferimentos provocados por uma faca no torso e na zona genital, que se pensa terem sido feitos “por volta da hora da sua morte, ou pouco depois”, avança Buch-Jepsen.

(dr) Tom Wall

A jornalista sueca Kim Wall

No entanto, ainda não foi estabelecida a causa exata da sua morte, por isso, o tribunal ordenou que Madsen continue detido por mais quatro meses enquanto as investigações prosseguem.

O desaparecimento da jornalista foi registado às 02h30 pelo namorado, que não conseguia entrar em contacto com Wall. A freelancer tinha marcado uma curta viagem a bordo do submarino UC3 Nautilus, sobre o qual estava a escrever um artigo. Horas mais tarde, não atendia o telemóvel e encontrava-se em local desconhecido.

O milionário dinamarquês, acusado de homicídio involuntário, contou inicialmente à polícia que, após a curta viagem a bordo do submarino, deixou a jornalista em terra firme, junto ao local onde horas antes se tinham encontrado.

Mais tarde, o homem de 46 anos deu uma versão diferente, dizendo que a jornalista teria morrido num acidente a bordo, e que teria atirado o seu corpo à água na baía de Køge, a sul de Copenhaga, pensando depois em suicidar-se, afundando o submarino.

Kim Wall escrevia para jornais como o New York Times, The Guardian e South China Morning Post e para a revista Vice.

Madsen é conhecido pelos seus projetos de submarinos e por ser o co-fundador da empresa Copenhagen Suborbitals, criada em 2008 para lançar para o espaço monolugares tripulados e que fez descolar com êxito foguetões experimentais sem pessoas a bordo.

ZAP //

6 Comments

      • A culpa é sempre de quem faz o mal mas perante o mundo actual em que vivemos parece ter havido ingenuidade a mais por parte dela para se meter sozinha num submarino a não ser que houvesse ali outros compromissos mas a verdade é que caiu na boca do lobo!.

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