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China ordena confinamento de urgência de 11 bairros de Pequim

Wu Hong / EPA

As autoridades chinesas ordenaram, este sábado, o confinamento de urgência de 11 bairros de Pequim devido a um novo foco de coronavírus, temendo um ressurgimento da pandemia de covid-19 no país.

Os responsáveis do distrito de Fengtai, na capital da China, anunciaram a implementação de um “dispositivo de tempos de guerra”, após a deteção de sete casos de contaminação por covid-19 nas proximidades do mercado de Xifandi, seis dos quais hoje, de acordo com as autoridades sanitárias.

O mercado de peixe e mariscos foi encerrado pelas autoridades, a fim de permitir as operações de recolha de amostras e desinfeção, depois de ter sido visitado por uma das pessoas contaminadas. Nove escolas e jardins de infância foram também encerrados nas redondezas do mercado.

O mercado de Xinfadi, que tem cerca de quatro mil estabelecimentos comerciais, será desinfetado, informou a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua. A atenção centrou-se neste mercado após a descoberta de que os três primeiros casos tinham ligações a si.

Duas das pessoas infetadas tinham estado no mercado, e a terceira trabalha com uma delas, de acordo com notícias dos meios de comunicação chineses.

De acordo com as autoridades, no final desta sexta-feira, todos os trabalhadores do mercado estavam a ser testados.

A China registou, nas últimas 24 horas, onze novos casos de covid-19, cinco dos quais provenientes do exterior e seis localmente, todos na capital, informou a Comissão de Saúde daquele país asiático.

Em Pequim já se tinha registado um caso de infeção local nas 24 horas anteriores, o primeiro em 55 dias e o primeiro caso de contágio local na China em 18 dias.

Os casos “importados” foram detetados nas cidades de Tianjin (nordeste), Xangai (leste), Cantão (sul), Hainan (nordeste) e Sichuan (sudoeste).

De acordo com os dados oficiais, desde o início da pandemia, a China registou 83.075 infetados e 4634 mortos. Até ao momento, mais de 78.000 pessoas tiveram alta.

A pandemia de covid-19 já provocou quase 423 mil mortos e infetou mais de 7,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

ZAP // Lusa

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