Pedro Nuno: “O erro do despacho foi: já tinha uma solução. Acontece”

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António Pedro Santos/LUSA

Pedro Nuno Santos em audição na Assembleia da República

Documento famoso sobre o aeroporto de Lisboa “teve o erro de ter uma solução e foi esse o problema. Transmitiu ‘está uma solução tomada’”, disse o ministro.

O ministro das Infraestruturas explicou hoje que o despacho revogado por ordem do primeiro-ministro determinava a realização de um estudo de avaliação ambiental estratégica do plano de ampliação da capacidade aeroportuária de Lisboa, mas tinha o “erro” de apresentar uma solução.

“O despacho determinava uma avaliação ambiental estratégica, [mas] teve o erro de ter uma solução e foi esse o problema, porque aquilo que transmitiu foi ‘está uma solução tomada’”, explicou o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, em audição, na Assembleia da República.

Segundo o governante, tratou-se de um erro que “acontece” e “aconteceu”.

“Ia-se fazer um estudo, era mesmo isso que o despacho determinava”, vincou Pedro Nuno Santos.

No dia 29 de junho, o Ministério das Infraestruturas publicou um despacho que dava conta de que o Governo tinha decidido avançar com uma nova solução aeroportuária para Lisboa, que passava por avançar com o Montijo para estar em atividade no final de 2026 e Alcochete e, quando este estiver operacional, fechar o Aeroporto Humberto Delgado.

No entanto, no dia seguinte à sua publicação, o despacho foi revogado por ordem do primeiro-ministro, António Costa, levando Pedro Nuno Santos a assumir publicamente “erros de comunicação” com o Governo nas decisões que envolveram o futuro aeroporto da região de Lisboa.

Antes, Pedro Nuno Santos tinha-se recusado a discutir um despacho “que já não existe”, porque foi revogado, sublinhando que o Governo “procurará um consenso o mais alargado possível” sobre a localização do aeroporto.

O governante não assumiu uma preferência de localização, mas referiu que uma solução que implique a expansão do Aeroporto Humberto Delgado terá implicações sociais e ambientais e que uma solução dual que não implique essa expansão “tem maior limitação no tempo”.

// Lusa

4 Comments

  1. “está uma solução tomada”?????
    Ou, está uma decisão tomada?
    Esse gajo troca as voltas a tudo e a todos, é do mesmo tipo do Costa, por isso não o poe no olho da Rua, a esquerda precisa de “Genios” desses!

    • É tão artolas este indivíduo! O que ele queria é que se esquecesse este escândalo. Não, isso jamais acontecerá. Em Portugal, nas costas do primeiro ministro, um ministro, à socapa, toma a enorme decisão de definir a localização de dois novos aeroportos e as respectivas datas de entrada em funcionamento. O Presidente da República também foi ultrapassado e fica boquiaberto ao tomar conhecimento pela televisão. No dia seguinte, quando o primeiro ministro regressa, a primeira decisão que toma é utilizar o Diário da República, para anular tamanha patetice. Faltou-lhe, todavia, coragem para pôr na rua este miserável ministro, porque ambos têm reciprocidade de complôs. Este é um escândalo sem precedentes, que a História não deixará de registar

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