“Penalizo-me profundamente”. Pedro Nuno assume falha, mas não se demite

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Nuno Fox / Lusa

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, assume “uma falha relevante”, mas mantém-se em funções recusando demitir-se. O Público anunciou que o Costa o demitiria se o ministro não o fizesse por livre iniciativa.

Pedro Nuno Santos assume “erros de comunicação” com o Governo e com o primeiro-ministro em particular nas decisões que envolveram o futuro aeroporto de Lisboa. Mas garante que “obviamente” se mantém em funções.

O governante refere que lamentou “perante todo o Governo ter tido a falha na articulação com o primeiro-ministro”, assumindo que foi “uma falha relevante”, mas rejeitando a ideia de demissão.

O Público anunciou que Costa demitiria o ministro caso este não se demitisse depois de o primeiro-ministro ter revogado o despacho que aponta os concelhos do Montijo e Alcochete como localizações para o novo aeroporto de Lisboa, desautorizando Pedro Nuno Santos.

Um mal-entendido que é “minha inteira responsabilidade”, assume o ministro, lamentando uma “situação crítica” por “erros de comunicação”.

“Estas falhas tiveram consequências e causaram esta situação pela qual, obviamente, me penalizo profundamente“, aponta ainda o ministro, sustentando, contudo, que este erro “não mancha o trabalho já longo” que tem feito “em conjunto com o primeiro-ministro”.

Pedro Nuno Santos faz questão de notar que a sua relação de trabalho com Costa “tem anos”, mas vinca ainda que é também uma relação de amizade que não fica afectada “por um momento infeliz”.

“Queremos ultrapassar este momento, retomar o nosso trabalho em conjunto e reconstruir a nossa relação de confiança e trabalho”, aponta ainda o ministro depois de ter estado reunido com António Costa.

Sobre a questão do aeroporto, Pedro Nuno nota que vão ser seguidas as indicações de Costa de “procura activa do consenso, nomeadamente com o maior partido da oposição”, de modo a garantir “estabilidade às decisões que envolvam a localização e todas as decisões relevantes para o futuro aeroporto de Lisboa”.

ZAP // Lusa

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6 Comments

    • Comentário: “Um ministro que desrespeita o seu superior.
      Um ministro que age nas costas de alguém com mais importância do que ele.
      Um ministro que toma decisões sem consulta prévia de terceiros.
      Um primeiro ministro que revoga o despacho do seu subordinado.
      O mesmo primeiro ministro que identifica humildade e restabelecimento do erro cometido pelo seu funcionário.
      Um primeiro ministro que não despede o asneirento, porque compreende os riscos inerentes a essa escolha.
      Um “presidente” da República que fala durante quatro minutos sobre esta questão, apesar de ter dito rigorosamente nada.
      Um “presidente” da República que, ao ser questionado sobre o ministro que foi desautorizado pelo contraditório primeiro-ministro, abandonou o “palco” com um sorriso de escárnio, porque não saberia responder às questões.”

  1. Um aeroporto revogado em 24 horas, vai ser um record imbatível no mundo! E a História não deixarará de o registar.

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