Passos Coelho como a Meloni de Portugal? Um disparate, ou a nossa salvação…

23

PSD / Flickr

Pedro Passos Coelho na 1ª Edição das Conferências da Liberdade em Santarém

Pedro Passos Coelho continua a ser uma figura omnipresente na política portuguesa, apesar de se ter afastado deste cenário. E há quem veja nele uma esperança ou um “diabo”, como uma possível futura “Meloni de Portugal”.

O mote para esta comparação inusitada foi lançado pela comentadora política Maria Castello Branco, ex-candidata a deputada pela Iniciativa Liberal.

Foi durante o podcast do Expresso “Lei da Paridade“, quando Maria Castello Branco se referia à actual situação política delicada do país, em particular de Luís Montenegro, devido às suspeitas no âmbito da Spinumviva, no caso que levou à queda do Governo e a eleições antecipadas.

Essas suspeitas vão continuar, mesmo que ganhe as eleições, notou Maria Castello Branco, referindo que sempre que este clima de desconfiança “vai levar-nos para um sítio muito complicado”.

E, “com tanta instabilidade, a tendência é para chamar para os holofotes políticos “figuras de cariz autoritário“, defendeu ainda a comentadora, dando o exemplo de quando Salazar surgiu como “o salvador do país” depois da ditadura militar.

“Não precisamos de um pai”, defendeu, então, Maria Castello Branco, confessando que tem “receio de que Passos Coelho se torne a Giorgia Meloni de Portugal“.

Esta comparação levou alguns utilizadores das redes sociais, a contraporem que anseiam para que Passos Coelho se torne mesmo na “Meloni de Portugal”.

Porém, há quem não perceba a comparação, e quem destaque que Passos Coelho e Meloni são “um pouco diferentes politicamente”.

“Passos Coelho não tem os tomates da Meloni”, diz ainda outro utilizador da rede social X, enquanto outro sublinha que a primeira-ministra de Itália é, actualmente, “a melhor governante da Europa“.

Que têm Passos Coelho e Meloni em comum?

Na verdade, os dois políticos são bastante diferentes em termos de abordagens políticas. Contudo, partilham algumas semelhanças na defesa de valores conservadores e de políticas que visam a estabilidade económica e social.

Mas Meloni faz parte da direita europeia mais radical, sendo considerada de extrema-direita, pelo discurso agressivo anti-imigração e por defender uma retórica mais nacionalista e mais crítica em relação à União Europeia.

Já Passos Coelho é completamente pró-europeu. Contudo, nos últimos anos, assumiu posições sobre a imigração que se aproximam das ideias do partido de Meloni, o Fratelli d’Itália, que pertence à mesma linha política do Chega.

O antigo líder do PSD também lançou um livro “anti-progressista” que alguns analistas viram como preocupante para os direitos das mulheres.

Chega aprova Passos Coelho

Quem adoraria ver Passos Coelho voltar à vida política activa no PSD seria o Chega.

E perante o cenário de eleições antecipadas, começa a ganhar forma no partido de André Ventura o “sonho” de poder ver Passos Coelho a voltar ao PSD, como adianta o jornal online Observador.

Se a AD perder as eleições, é improvável que Montenegro continue na liderança do PSD, e, então, Passos Coelho poderia surgir como o salvador da pátria.

O antigo primeiro-ministro tem recusado, sucessivamente, voltar ao activo na política. Mas com o seu eventual regresso seria “o fim do não é não”, como sustenta uma fonte ligada ao Chega em declarações ao Observador.

“O Chega podia perfeitamente aceitá-lo para primeiro-ministro“, sublinha a fonte não identificada, realçando que Passos Coelho dá ao partido “todas as garantias de poder fazer reformas de fundo“.

Deste modo, o Chega acredita que num cenário de um parlamento fragmentado, com nenhum partido com maioria absoluta, Passos Coelho poderia ser a solução para a estabilidade, sendo a figura capaz de unir toda a direita.

Note-se que Passos Coelho foi uma das poucas figuras do PSD que defendeu publicamente entendimentos com o Chega no âmbito da formação do actual Executivo, quando a AD não conseguiu maioria absoluta.

Em sentido contrário ao do Chega, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estará preocupado com a possibilidade de Passos Coelho regressar e de isso poder determinar o fim do “não é não” no PSD.

Por outro lado, há quem aponte que Passos Coelho é “o verdadeiro líder da direita portuguesa” e a única figura política que pode abafar o Chega.

ZAP //

23 Comments

  1. O Sr que deixou os cofres cheios para os socialista fazerem festa até aos dias de hoje, mas o povo é cegueta, pensa que o PS é BFC ou o FCP

    9
    11
    • A senhora “esqueceu-se” de dizer das milhares de famílias que entraram em bancarrota; das centenas, senão milhares de empresas que faliram, dos ataques a salários, pensões e afins; da submissão total ao Merkelreich; de mandar os jovens saírem da sua zona de conforto e emigrarem e tantas outras diatribes deste sujeito inqualificável! Mas infelizmente, existem gostos para tudo. Actualmente, vivemos numa sociedade selvática e bastante medieval.

      11
      9
      • Estás a falar de quê? Da desgraça que ele herdou de Sócrates, com o país falido e sob a tutela da Troika? Este ladrão Sócrates, que agora vai ser julgado, deixou-nos quase todos em bancarrota.

      • O pessoal de direito tem de começar a ter aulas de matemática mas é já k expulsou os todas as outras classes da assembleia da República ao menos k saber k 1+1 é 2 dava jeito, mas não eles argumentam até à exaustão como aprendizes de pantomineiro k são k 1+1 são 72 e a malta vota neles vá se lá saber pk.

    • É preciso não ter vergonha nenhuma na cara para escrever que Passos Coelho deixou os cofres cheios… Devia ter coragem de dizer isso na cara dos milhões de portugueses que foram espoliados nos seus vencimentos e pensões (“para além da Troika”), como nunca se tinha visto em 40 anos. Talvez ficasse com uma cara nova (mais inchada).
      Passos Coelho assaltou os portugueses, à exceção, claro, dos mais ricos.
      António Costa, com todos os defeitos que possa ter tido, devolveu a maior parte do produto roubado a quem foi assaltado, repondo salários e pensões e fazendo o país crescer economicamente, tal como foi amplamente reconhecido pelas instituições europeias.
      Factos que não dão jeito nenhum à sua narrativa de ressabiada, como se percebe. Temos pena.

      7
      6
      • A discussão política deve pautar-se pelo respeito e pela troca de argumentos fundamentados, sem recorrer a insultos ou insinuações desnecessárias. Independentemente das diferentes perspetivas que possamos ter sobre a gestão governativa de qualquer líder, é essencial manter um debate construtivo e esclarecido.
        No que concerne às políticas económicas e sociais implementadas ao longo dos últimos governos, é inegável que existem diferentes leituras sobre os seus impactos. Importa esclarecer que as medidas de austeridade aplicadas durante o governo de Pedro Passos Coelho não foram meramente uma opção política, mas sim uma imposição da Troika, que interveio no país devido ao caos financeiro deixado pelo governo socialista de José Sócrates. Além disso, a posterior recuperação económica e a reposição de salários e pensões não foram obra exclusiva do governo de António Costa, mas sim o resultado do equilíbrio financeiro herdado do governo anterior. Foi graças às contas ajustadas e ao esforço de estabilização levado a cabo por Passos Coelho que a chamada “Geringonça” teve margem para implementar as suas políticas sem comprometer o crescimento do país.
        Da mesma forma, importa reconhecer que o financiamento estatal e os apoios sociais devem ser geridos com equidade e justiça, assegurando que aqueles que realmente necessitam possam beneficiar deles. A perceção de que determinados subsídios são distribuídos sem critérios rigorosos pode gerar frustração em muitos cidadãos que, cumprindo com as suas obrigações fiscais, sentem-se excluídos dessas ajudas. Esta é uma questão legítima que merece ser debatida sem desconsiderar a realidade de quem depende desses apoios para viver com dignidade.
        É fundamental que as políticas públicas sejam implementadas com equilíbrio, garantindo que o esforço coletivo dos contribuintes seja bem empregue e que os benefícios sociais cheguem a quem realmente precisa, sem injustiças nem favorecimentos indevidos. No final, a prosperidade do país depende de uma economia saudável, de um Estado eficiente e de uma sociedade coesa, onde o mérito e a solidariedade coexistam de forma justa.
        Artur Orfão

        • “A discussão política deve pautar-se pelo respeito e pela troca de argumentos fundamentados, sem recorrer a insultos ou insinuações desnecessárias”.
          Vá dizer isso à sua amiga Albertina que foi quem chamou cegueta a todos os que não pensam como ela e que ainda teve o desplante de dizer que o Coelho deixou os cofres cheios. Se calhar estava a falar da Tecniforma e eu é que não percebi…
          Quanto ao resto, tanta palha e nada contraria o que escrevi, à exceção da repetição da treta que o Coelho “só” fez o que a Troika impôs. Não fez. E quem o diz, mente. Fez mais do que foi imposto, prejudicando a vida de milhões de portugueses. Se não foi o seu caso, ainda bem. Não é difícil deduzir porquê.
          Agora discursinhos moralistas, comigo, é no olho do dito cujo (do seu), claro.

      • As medidas de austeridade aplicadas durante o governo de Pedro Passos Coelho não foram meramente uma opção política, mas sim uma imposição da Troika, que interveio no país devido ao caos financeiro deixado pelo governo socialista de José Sócrates. Além disso, a posterior recuperação económica e a reposição de salários e pensões não foram obra exclusiva do governo de António Costa, mas sim o resultado do equilíbrio financeiro herdado do governo anterior de Passos Coelho. Este herdou de Sócrates o país com um défice a rondar os 11% e quando o entregou a A. Costa, Portugal estava nos 3% de défice. Passos culpado de quê? Só ignorantes é que procuram ludibriar as pessoas e tentar encobrir o verdadeiro responsável por esta crise, o ladrão Sócrates que deixou o país de pantanas e que todos nós tivemos que ajudar a reabilitar.

        • Mais um pateta que acredita que o dito resgate do fmi a vários paises em simultaneo foi culpa do socrates e não um assalto da elite internacional com o apoio de lacaios como o ressabiado retornado que enfardava na sua “doce” mulher…
          Há gente que só abre mesmo o olho de trás

  2. Ena pá. Até se deram ao trabalho de colocar uma foto de PC nos tempos em que tinha cabelo (hávários anos) para que uma não notícia tenha algo de “fundo” superior a -1.
    Brilhante notar que há gente com saudades de não ter subsídio de férias, subsdio de natal e apenas três feriados por ano!
    Tá giro.

    6
    7
  3. Para todos aqueles que nasceram no Século XX até ao final da Década de 80 começava-se a trabalhar entre os 16 e os 18 anos (alguns até mais cedo), os homens ainda tinham que cumprir o Serviço Militar caso contrário teriam muita dificuldade em arranjar trabalho, e aos 23 anos, grande parte dos Portugueses já vivia sozinho ou constituía família.
    Era esta a realidade de Portugal até 2012 quando foi subvertida pelo XIXº Governo liberal/maçónico do dr. Pedro Coelho que provocou uma crise económica e social sem precedentes, tendo liderado o maior ataque à Classe-Média Portuguesa com o objectivo de a destruir.
    O Governo do dr. Pedro Coelho e o seu bando acabou com aquilo que restava do Estado Português (um dos pilares fundamentais de qualquer País), cometeu vários crimes de lesa-Pátria, destruiu e estagnou a economia e o trabalho em Portugal que já de si eram frágeis, impôs o sub-desenvolvimento, promoveu o desemprego que atingiu a cifra de cerca de 1 milhão de Portugueses desempregados, destruiu os Direitos Laborais e implementou a instabilidade laboral, provocou para além da crise económico-social e laboral uma crise na habitação com a ilegal, criminosa, e inconstitucional «lei das rendas», iniciou a deslocação de Estrangeiros para Portugal sem qualquer critério ou justificação, promoveu de forma dissimulada a ideologia «woke» (também conhecida por ideologia género/lgbt) e a cultura do cancelamento.
    Portugal e os Portugueses sofrem há 14 anos as nefastas consequências das más políticas intencionais praticadas pelo Governo libera/maçónico do dr. Pedro Coelho, que infelizmente tiveram continuidade nos Governos do dr. António Costa e dr. Luís Esteves.
    Os Portugueses devem fazer o seguinte exercício, olhem para trás e lembrem-se de como era/foi a vossa vida no Século XX desde a Década de 80 até 2011 (Século XXI), e comparem com a desgraça em que se transformou de 2012 até à presente data, graças às más políticas e má governação do Governo liderado pelo dr. Pedro Coelho e o seu bando.

    2
    5
    • Pedro Coelho é que provocou uma crise económica e social sem precedentes?! Oh Figueiredo, deves andar a beber muita aguardente. Quem criou essa crise foi o país destroçado por Sócrates e que Passos herdou e teve que gerir com a presença da Troika aqui. Todos nós tivemos que dar o nosso contributo para reabilitar o país falido pelo ladrão socialista.

      • Diz lá, aventesma, vários paises em resgate ao mesmo tempo, tambem foi culpa do Sócrates? Ou terá sido um belo golpe da máfia do fmi para subjugar povos e assalta-los com proveito de certas elites politicas e económicas desses mesmos paises?

    • Isso é dekele grupo media cujo irmão do Costa é director de informação? Cujo o dono é akele gajo k foi primeiro-ministro e depois proprio PSD puxou lhe o tapete? K tem os más linguas todos pseudo-psd a debitar propaganda do PS mas “dizem” k são PSD? Também acreditas k a terra é plana? E k o dinheiro no escritório do assessor do costa era dos angolanos?e k a rosa grilo tb tá inocente pk tb foram os angolanos?já agora o teu pai é o Pinto da Costa?e tua mãe o Vítor baía?

  4. Não se entende o bajulamento idiota feito a esta comentadeira de esquerda Maria Castello Branco que não sabe a diferença entre arguido e acusado. Pegar nesta iluminada tik tok como arauto da sabedoria demonstra como os média bateram no fundo.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.