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Pandemia leva Easyjet a deixar em terra toda a frota de aviões

PhillipC / Flickr

A companhia aérea easyJet anunciou esta segunda-feira que está a deixar toda a sua frota de aviões em terra até novo aviso devido ao colapso na procura por causa da pandemia de covid-19.

Em comunicado, a companhia aérea de Luton, com sede em Londres, explicou que a medida “elimina um custo significativo” e indicou que receberá ajuda do governo para manter os seus trabalhadores, noticiou a agência Lusa.

A easyJet afirmou que mantém “um balanço sólido” e está “em conversação com fornecedores de liquidez” para reforçar a sua continuidade assim que a crise causada pela disseminação do vírus for superada.

A empresa explicou que chegou a um acordo com os sindicatos para aplicar o programa do governo para manutenção de empregos e pagar 80% do salário à tripulação de cabine a partir de quarta-feira, por dois meses.

A companhia aérea de voos baratos explicou que a decisão de deixar em terra todas as suas aeronaves se deve a “restrições de viagens sem precedentes impostas pelo Governo” e ao “confinamento nacional” decidido por muitos países para combater a pandemia.

Lembrou também que, nos últimos dias, colaborou com o trabalho de repatriamento e operou “mais de 650 voos de resgate” para fazer regressar a casa “mais de 45.000 clientes”, o que continuará a fazer se as autoridades solicitarem.

A easyJet acrescentou que “neste momento, não há certeza da data em que os voos comerciais podem retomar” e disse que avaliará a situação em função “da regulamentação e da procura”.

A Virgin Atlantic e a irlandesa Ryanair já têm a maioria de suas aeronaves no solo e o grupo IAG, dono da Iberia, British Airways, Aer Lingus, LEVEL e Vueling, reduziu a sua capacidade em 75%.

A Virgin Atlantic já anunciou que quer recorrer a fundos do governo britânico – e outras companhias aéreas também o deverão fazer -, embora o Executivo conservador sustente que um resgate estatal do setor deve ser o último recurso e que as empresas devem tentar obter capital de outras fontes, como seus próprios acionistas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infetou mais de 697 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 33.200. Dos casos de infeção, pelo menos 137.900 são considerados curados.

Lusa //

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