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Pandemia abranda no Brasil e México, enquanto Espanha chega ao meio milhão de infeções

Mário Oliveira / SEMCOM

O Brasil contabilizou 310 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 126.960 óbitos desde o início da pandemia, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Ministério da Saúde do país.

Este foi o dia com menor número de vítimas mortais desde 03 de maio, há 127 dias, quando as autoridades de Saúde contabilizaram 289 óbitos diários pela doença, noticiou a agência Lusa. Face ao número de infetados, o país somou 10.273 casos nas últimas 24 horas, num total de 4.147.794 pessoas diagnosticadas com a covid-19.

Já os Estados Unidos (EUA) registaram mais 259 mortos e 24.781 novos casos nas últimas 24 horas, segundo uma contagem independente da Universidade Johns Hopkins, sediada em Baltimore (leste). Desde o ínicio da pandemia, houve 189.168 óbitos e 6.299.169 casos confirmados, até às 20:00 de segunda-feira (01:00 de terça-feira em Lisboa).

Também nas últimas 24 horas o México contabilizou com 223 mortes e 3.486 casos, avançaram as autoridades de Saúde mexicanas, que apontam para a redução da propagação da doença no país. “A circulação do vírus diminuiu”, disse o diretor de Epidemiologia da Secretário da Saúde, José Luis Alomía, citado pela agência Efe.

Desde o início da pandemia, no final de fevereiro, o país contabilizou 67.781 óbitos e 637.509 infeções de covid-19. Até ao momento, recuperaram da doença 446.715 pessoas, cerca de 70% de todos os infetados com covid-19, referiu Alomía.

China diz que todos os casos são oriundos do exterior

A Comissão Nacional de Saúde da China garantiu esta terça-feira que não há atualmente um único local entre os 175 casos de infeção ativa com o novo coronavírus, detalhando que todos são viajantes oriundos do exterior.

A fonte detalhou que, até à meia-noite local (17:00, em Lisboa), havia 175 casos ativos na China, entre os quais dois em estado grave. Todos os casos foram diagnosticados entre viajantes oriundos do exterior, conhecidos como casos “importados”.

Enquanto isso, a Índia registou 1.133 mortes provocadas pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, o total diário mais alto de sempre no país, voltando a ultrapassar as 75.000 infeções, apontou o Ministério da Saúde indiano. O número de vítimas mortais desde o início da pandemia é agora de 72.775.

As autoridades indianas registaram também 75.809 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total para 4,3 milhões desde o início da epidemia, um dia depois de o país ter ultrapassado o Brasil, convertendo-se no segundo com mais infeções no mundo.

Médico homenageado por Xi Jinping proclama vitória

O principal médico especialista em doenças respiratórias da China disse esta terça-feira que este país asiático “derrotou o surto atual” do novo coronavírus, durante uma cerimónia em que celebrou a vitória na erradicação da covid-19. “Derrotámos o surto atual”, proclamou Zhong Nanshan, que foi distinguido pelo Presidente chinês, Xi Jinping.

Zhang, conhecido em 2003 pela contribuição na luta contra a SARS – síndrome respiratória aguda grave -, um outro coronavírus que atingiu a China então, avisou, contudo, que o país não pode baixar a guarda. O especialista defendeu a cooperação médica internacional e enfatizou a necessidade de uma maior contribuição da China para a saúde global.

Durante a cerimónia, no Grande Palácio do Povo, em Pequim, três outros especialistas, além de Zhong, receberam a medalha e título “Heróis do Povo”. Dezenas de funcionários da Saúde também receberam títulos honorários do Partido Comunista Chinês.

Mais da metade da cerimónia consistiu num discurso de Xi Jinping. “A covid-19 apanhou-nos a todos de surpresa”, disse o Presidente chinês, que revisou as medidas tomadas pelo seu país desde o início da pandemia, a fim de conter a propagação.

Xi Jinping lembrou que a China é “a primeira grande economia a retornar ao crescimento económico” e mencionou a contribuição do país asiático na partilha de equipamento de proteção e conhecimento científico com o resto do mundo, onde continua a haver suspeitas sobre a gestão inicial do surto por parte das autoridades chinesas.

O Presidente voltou a defender que a China comunicou o mais rápido possível o surto à Organização Mundial da Saúde e defendeu que ainda há trabalho a ser feito: “Uma vitória completa exige esforço contínuo.”

Durante a cerimónia realizou-se um minuto de silêncio dedicado aos mortos pela doença.

Espanha com mais de meio milhão de infeções

Espanha tornou-se o primeiro país da Europa Ocidental a ultrapassar a marca de meio milhão de infeções, registando na segunda-feira 525.549 casos, numa altura em que recomeçaram as aulas em escolas em seis regiões do país, com as restantes a iniciar nos próximos dez dias.

De acordo com o Público, o número de mortos e de doentes em cuidados intensivos mantém-se comparativamente baixo, tendo havido na segunda-feira oito mortes – desde o início da pandemia foram 29.516 óbitos.

O director do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências de Saúde, Fernando Simón, disse que mais de metade dos infetados têm menos de 40 anos e a maioria dos novos casos são assintomáticos.

Segundo Joan Ramon Villalbi, da Sociedade Espanhola de Saúde Pública, citado pela Reuters, o aumento do numero de casos deve-se a um fim do confinamento apressado; às diferenças entre regiões no que toca às regras de Saúde e a densidade populacional.

“Para os trabalhadores vulneráveis, seja na agricultura, serviço doméstico ou em restaurantes, pode-se-lhes dizer para ficarem em casa duas semanas, mas não é certo que eles possam fazê-lo”, sublinhou.

ZAP //

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