Pacheco de Amorim está a ocupar um “tacho”?

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Manuel de Almeida / Lusa

O deputado do Chega e vice-Presidente da Assembleia da República, Diogo Pacheco de Amorim

O deputado do Chega, Pedro Frazão, referiu-se à presidência da Assembleia da República como um “tacho”. Sendo assim, o vice-Presidente Diogo Pacheco de Amorim (do Chega) está a ocupar um “tacho”?

Esta quarta-feira, após a eleição do Presidente e “vices” da Assembleia da República, Pedro Frazão criticou, na SIC Notícias, o entendimento entre o Partido Social Democrata (PSD) e o Partido Socialista (PS) para uma presidência rotativa da Assembleia da República, a que o deputado do Chega chamou “um tacho”.

Convidado a explicar o “imbróglio” que fez com que o novo presidente da Assembleia da República só fosse eleito à quarta votação, o deputado do Chega explicou que, no início da semana tinha havido um contacto entre Chega e PSD, que foi desmentido depois por deputados do PSD – “o que terá gerado uma grande consternação na bancada do Chega“, disse Pedro Frazão.

“Não nos podem criticar por estarmos a falhar um acordo e, ao mesmo tempo, dizer que esse acordo não existia”, considerou o deputado do Chega.

“Houve aqui uma escolha nítida de Montenegro: tinha de falar com o Chega, fazendo um acordo à direita; ou com o PS, fazendo um acordo à esquerda…”. Mas, nesse ponto, Pedro Frazão foi interrompido pela jornalista Ana de Freitas que lhe explicou que não existiu nenhum acordo entre PS e PSD, mas sim um “entendimento meramente institucional”.

Pedro Frazão contrapôs com o argumento: “tachos”.

O deputado do Chega atacou o PS e o PSD, dizendo que “quando chega a hora de dividir os cargos, os tachos…”, mas ficou-se por aí, voltando a ser interrompido pela jornalista, que o advertiu que ser Presidente da Assembleia da República não é um “tacho”.

“Peço desculpa, mas o Presidente da Assembleia da República não é nenhum tacho. É um lugar institucional não tem nada a ver com tachos, portanto há aqui alguma confusão”, elucidou Ana de Freitas.

“Isso é a sua opinião, eu posso ter outra”, disse Pedro Frazão.

“Não é uma opinião, é um facto“, insistiu a jornalista.

Mas o deputado do Chega, que cumpre a segunda legislatura, continuou com o mesmo argumento, questionando a jornalista se sabia de todas as regalias que um Presidente da AR tem: “Não sei se está a par de todas as regalias que um Presidente da Assembleia da República tem”.

Foi aí que Ana de Freitas questionou se Diogo Pacheco de Amorim, vice-Presidente do Chega eleito esta quarta-feira, também estava a ocupar um “tacho”: “Então Pacheco de Amorim também está a ocupar um tacho?! Ou tem dois pesos e duas medidas?”.

“Está a ser falaciosa e demagógica, porque nós não entrámos em acordo nenhum e ontem demonstrámos bem que não estávamos aqui para dividir os cargos (…) Pacheco de Amorim não fez nenhum acordo para ser eleito (…) Pacheco de Amorim foi eleito porque os senhores deputados decidiram votar no nome dele”, argumentou Pedro Frazão.

Miguel Esteves, ZAP //

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8 Comments

  1. “Tacho” é a tromba do elefante de avental, com os cabeçudos das caldas a comer o zé povinho…
    A comer milhões nas autoestradas, na energia, nas telecomunicações, nas chefias dos fundos do PRR…..
    Abram os olhos, ò zé acorda ….

  2. “Tachos” não são cargos públicos derivados dos votos diretos dos portugueses.
    Todos sabem o que são “tachos”, dos boys inúteis do sistema (milhares deles), com ou sem avental….
    Abre os olhos zé…

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  3. Pedro frazão errou e esteve mal em chamar a presidencia da assembleia da républica um tacho ao visto ser um órgão necessário ao funcionamento do parlamento.
    A jornalista Ana Freitas errou como a maioria dos jornalistas do canal da esquerda (SIC) que teimam em transformar uma entrevista num debate entre o entrevistado e o jornalista.

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  4. A ver pelo que está escrito, notícia aqui são as opiniões da jornalista, que deveria limitar-se a fazer perguntas, que é a sua função. Ainda por cima, dizer que um lugar de deputado eleito pelo povo é um tacho, demonstra verdadeira ignorância e estupidez.

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