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OMS está “muito preocupada com o rápido aumento da infeção”

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Jean-Christophe Bott / EPA

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A OMS mostra-se preocupada com a evolução do número de infetados pelo novo coronavírus e pede o perdão da dívida para os países mais vulneráveis.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) diz estar muito preocupado com o aumento de contágios pelo novo coronavírus. “Entrámos no quarto mês da pandemia e estou muito preocupado com o rápido aumento da infeção“, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado pelo jornal Expresso.

Ghebreyesus acredita que, a este ritmo, o mundo alcançará na próxima semana o número redondo de um milhão de casos confirmados. O novo coronavírus já infetou mais de 905 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 46 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 176.500 são considerados curados.

O responsável máximo da OMS notou que nas últimas cinco semanas houve um “crescimento quase exponencial” na expansão da pandemia, que afeta agora “quase todos os países, territórios e áreas” do planeta.

Assim, o diretor-geral da OMS recomenda “uma estratégia global para entender-se esta pandemia” e pediu solidariedade económica para os países mais vulneráveis, que arriscam o colapso por causa da pandemia da covid-19.

Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou que a organização faz este apelo em conjunto com o Banco Mundial e com o Fundo Monetário Internacional para que se “acelere o processo de apoio” a esses países para proteger as suas economias da crise.

“Muitos países em desenvolvimento não conseguem apoiar as suas sociedades“, especialmente agora, quando estão sujeitas a medidas de restrição de movimentos que afetam todo o tecido económico e social.

Ter que ficar em casa para não ser contagiado e não contagiar tem “consequências para os mais pobres e mais vulneráveis” socialmente.

O diretor-geral da OMS destacou medidas tomadas pelo governo indiano, que aprovou um pacote de “24 mil milhões de dólares” em apoio social, incluindo alimentos grátis para 800 milhões de pessoas e fornecimento gratuito de gás para cozinhar durante três meses.

“Para muitos países em desenvolvimento, será difícil programas de apoio social desta natureza. Para esses países, o perdão da dívida é essencial” para que consigam “tomar conta da sua população e evitar o colapso económico”, defendeu.

Cuidados básicos que a OMS tem recomendado desde o início da pandemia para conter o contágio, como a lavagem frequente das mãos ou o distanciamento social, são dificuldades acrescidas para pessoas que vivem sem acesso livre a água potável ou em alojamento sem espaço.

Ghebreyesus saudou a instalação de postos de lavagem de mãos à entrada de edifícios públicos e estações de transportes adotada por alguns países.

ZAP // Lusa

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