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O balão de oxigénio de Rio encheu até rebentar. Os olhos estão postos em 2023

Tiago Petinga / Lusa

O presidente do PSD, Rui Rio

Com Lisboa, Coimbra, Funchal e Barcelos debaixo do braço, Rui Rio cantou vitória numa noite de emoções. Sem falar do futuro à frente do PSD, o social-democrata acredita estar mais perto de chegar a primeiro-ministro. O potencial adversário à liderança do partido, Paulo Rangel, vai esperar até a poeira assentar.

Depois de Coimbra, Funchal, Barcelos e Portalegre, num total de 31 Câmaras conquistadas pelo PSD e 15 perdidas, o balão encheu até rebentar com a notícia da noite: Carlos Moedas é o próximo presidente da Câmara Municipal da capital. “Ganhámos Lisboa!“, exclamou Rui Rio.

“A vitória em Lisboa não é do meu interesse, é de todo o partido. É uma vitória global do PSD: nestes dois anos disse muitas vezes que o que havia de mais importante eram as autárquicas; fiz o melhor que sei e posso. O futuro logo se verá”, disse o presidente do partido, citado pelo Expresso, como quem atira para canto um assunto tabu.

Os resultados deste domingo permitiram a Rio encher o seu grande balão de oxigénio. Se tudo dependesse da leitura que foi sendo feita ao longo da noite, não havia dúvidas de que a recandidatura à liderança do PSD era certa. Mas apesar da insistência dos jornalistas, o líder não falou sobre um eventual futuro à frente do partido.

Ainda assim, noticia o Observador, Rui Rio disse acreditar estar mais perto de chegar a primeiro-ministro, uma perspetiva que determina a vontade de continuar à frente do PSD.

“Conseguimos mais implantação e conseguimos um PSD mais forte, o que dá para deduzir facilmente que estamos em muito melhores condições de ganhar as eleições em 2023“, sublinhou.

Além da vontade de Rio, é preciso medir o pulso dos restantes (e eventuais) candidatos. Paulo Rangel estava decidido a avançar e os próximos dias serão decisivos para avaliar o que pensam as estruturas do partido e perceber quem é que está do seu lado.

Luís Montenegro também tem sido muito pressionado a avançar, mas o reforço da posição do líder do PSD torna tudo mais difícil.

Fora do baralho está Carlos Moedas, que é agora presidente da Câmara de Lisboa. Apesar da vitória, o antigo comissário europeu ganhou a dimensão política que ambicionava quando decidiu entrar nestas eleições e um papel na definição do futuro do partido. Quer seja agora ou no futuro.

ZAP //

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