Dezenas de novas viaturas de combate a incêndios encomendadas pela GNR não podem ser utilizadas porque não têm a potência necessária para apagar fogos.
De acordo com o Expresso, que avança com a notícia este sábado na sua edição impressa, as carrinhas ao serviço da unidade especializada GIPS – Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro – foram equipadas com uma bomba de água sem pressão suficiente. As pick-ups para combate tinham uma potência inferior à recomendada e pedida.
“As viaturas não podem ser utilizadas e foram recolhidas para se proceder à substituição das motobombas”, confirmou César Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, em declarações ao semanário.
No total, foram encomendadas 80 viaturas e, já depois da cerimónia de entrega das primeiras 20, a anomalia foi detetada quando os veículos já circulavam nas mãos dos membros do GIPS. Esta anomalia encontra-se apenas nas viaturas de uma das duas marcas que forneceram os novos veículos de combate a incêndios
Por questões de segurança, as viaturas não podem ser utilizadas – como a potência é inferior à prevista, a água lançada pelas mangueiras não chega tão longe, obrigando os militares a aproximarem-se da frente de combate.
As Viaturas Ligeiras de Combate a Incêndios são normalmente usadas para enfrentar incêndios ainda em fases iniciais, e transportam equipas com quatro militares. Na compra destas 80 VLCI, fornecidas por duas marcas de automóvel, o Ministério da Administração Interna investiu 2,2 milhões de euros.
Governo garante que veículos estão operacionais
O secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, assegurou, este sábado, que todos os veículos de combate a incêndios rurais “estão operacionais” e que estão distribuídos pelo terreno a nível nacional.
“Os veículos estão operacionais e estão no terreno e, portanto, estão a funcionar em pleno”, disse o secretário de estado na Guarda, à margem de uma campanha de sensibilização dos emigrantes para a segurança rodoviária e para a campanha Aldeia Segura e Pessoas Seguras.
“Os contratos que foram estabelecidos entre o Estado através da entidade de contratação pública e os cadernos de encargos elaborados pela GNR, naturalmente que foram cumpridos no contrato que foi estabelecido”, prosseguiu.
“Se há um pormenor ou outro que não esteja em condições, naturalmente que é assumido pela entidade contratada. Não temos dúvida nenhuma quanto a isso. Contudo, importa esclarecer: todos os veículos estão operacionais, nenhum está inoperacional“, disse.
“Todos os operacionais estão no terreno com os veículos necessários para combater os incêndios” e que sobre o assunto não há “nenhuma dúvida”, reiterou.
Se isto não fossem antonio costices até me admirava.
O dinheiro também não é dele… infelizmente é nosso.
Estão operacionais para quê? Só se for para eles irem visitar as zonas ardidas!!!
Cambada de lesmas. Pelo menos chamem a coisa pelos nomes…
Estão inoperacionais, houve falhas e têm de ser corrigidas de imediato!
Alguem quer ganhar com o negocio mas houve denuncia publica. Uma bomba de potencia inferior é mais barata que a do concurso. Pelo que o diferncial seria para alguem meter ao bolso. Infelizmente foi descoberto. Por alguma razao noa houve ficalização.
nunca ha fiscalização nestes processos publicos…
Mais um indício de corrupção.
Quem compra um carro, faz um test drive.
Neste caso, ainda mais se justificava que um grupo de profissionais tivesse avaliado as viaturas de combate a incêndio, antes de se efectuar a compra.
Mas já suspeitamos como foi… a empresa contemplada deu umas luvas a quem podia decidir, e a partir daí não havia razão para mais testes.
Tribunal de Contas e Polícia Judiciaria, façam a vossa parte!
Uma coisa é estar operacional (abaixo do normal), outra é NINGUÉM ter experimentado as viaturas em tempo.
Não deve ter havido tempo…