O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse esta quinta-feira que o confinamento no país pode prolongar-se durante meses ou mesmo “um ano” após uma reunião em que foram debatidas novas restrições contra a propagação da pandemia de covid-19.
Por enquanto, o Gabinete Coronavírus, organismo israelita que acompanha a crise sanitária decidiu alargar o confinamento durante mais três dias, depois de 14 de outubro.
O Parlamento aprovou na quarta-feira medidas polémicas de regulação propostas pelo governo e que em concreto limitam as manifestações e outros encontros a um quilómetro da residência de cada participante e que não podem exceder grupos de vinte pessoas.
As medidas que restringem as manifestações têm de ser ratificadas esta quinta-feira pela Comissão Constitucional do Parlamento.
A medida está a ser muito criticada porque vai proibir, sobretudo, as manifestações contra o primeiro-ministro e que se repetem com frequência, em Israel. Os protestos têm sido regulares e visam o primeiro-ministro envolvido em três casos de corrupção e criticado pela má gestão da crise sanitária que provocou uma crise económica com efeitos que já se começam a sentir.
Os partidos da oposição alertam que se trata do “fim da democracia”.
O confinamento atualmente em vigor estende-se pelo menos até 14 de outubro, mas é previsível que se prolongue durante vários meses, advertiu o primeiro-ministro.”A saída do confinamento vai ser lenta e gradual e, desta vez pode durar meio ano ou um ano“, escreve o jornal digital israelita Ynet referindo-se à reunião em que participou o primeiro-ministro.
Vários ministros, entre eles o chefe do governo, insistiram em aumentar as restrições limitando a área permitida para sair de casa a 100 ou 200 metros do local de residência. Atualmente os cidadãos de Israel estão limitados a um perímetro de um quilómetro se pretenderem sair de casa.
Segundo o jornal Times, o ministro das Finanças, Israel Katz terá defendido o suavizar das restrições sobre o encerramento de estabelecimentos comerciais para que as lojas possam abrir após o próximo dia 9 de outubro, o fim do período de férias.
Segundo o Ministério da Saúde, o número de infeções regista mais sete mil novos casos positivos nas últimas 24 horas e 22 óbitos por covid-19. Netanyahu pediu aos hospitais para se prepararem em relação ao aumento do número de casos graves. No total, morreram 1.522 pessoas da doença desde o início da pandemia em Israel que soma 245 mil casos desde março.
// Lusa
Coronavírus / Covid-19
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