Chegaram a Malta 28 sobreviventes do naufrágio de imigrantes africanos que ocorreu no Mediterrâneo, neste fim-de-semana. Até ao momento foram já resgatados 24 cadáveres da tragédia, mas os números serão, afinal, mais assustadores do que inicialmente se previa. Um dos sobreviventes diz que havia quase mil pessoas a bordo.
“Iam 950 pessoas no barco“, terá relatado um dos sobreviventes deste naufrágio que ocorreu na madrugada de sábado para domingo, nas águas líbias, a 70 metros da costa do país, conforme declarações revelada pelo jornal espanhol El País.
Este mesmo sobrevivente fala em “40 ou 50 crianças” e “cerca de 200 mulheres” a bordo da pequena embarcação que levava vários imigrantes desejosos de chegarem à Europa.
Inicialmente, especulou-se que seguiriam no barco cerca de 700 pessoas, mas afinal estariam na embarcação cerca de mil migrantes.
Entretanto, 17 barcos de resgate continuam a trabalhar na zona do naufrágio, na tentativa de encontrar mais sobreviventes, uma esperança cada vez mais impossível.
Em Itália, foi entretanto desmantelada uma rede de tráfico de pessoas que se dedicava a trazer imigrantes desde as costas de África até à Europa.
A União Europeia (UE) está a ser instada a tomar medidas para que casos destes não se voltem a verificar. Os Ministros do Exterior e dos Negócios Estrangeiros dos países membros da UE vão reunir-se de emergência, nesta segunda-feira à tarde, no Luxemburgo, esperando-se que do encontro saia alguma tomada de decisão.
“As tragédias dos últimos dias, dos últimos meses, dos últimos anos, são demais! Não temos mais álibis. A União Europeia não tem mais álibi, os Estados Membros não têm mais álibi”, nota a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, citada pelo jornal francês Le Monde.
SV, ZAP