Procuradores acusam de sequestro o capitão do navio naufragado no Mediterrâneo

O Ministério Público de Catânia, Sicília, juntou esta quarta-feira o delito de “sequestro de pessoas” às acusações contra o capitão da embarcação que naufragou no domingo ao largo da Líbia, com base nos testemunhos sobre passageiros trancados nos porões.

Mohamed Ali Malek, 27 anos, já tinha sido acusado de naufrágio involuntário, homicídios involuntários múltiplos e favorecimento da imigração ilegal.

O Ministério Público informou hoje que, segundo testemunhos de sobreviventes, os passageiros “que estavam no porão estavam fechados (…) e as portas estavam trancadas”.

“Consequentemente, o capitão, Mohammed Ali Malek, é também acusado de sequestro de pessoas, com a circunstância agravante da presença de menores“.

O Ministério Público de Catânia considerou Malek como principal responsável pelo acidente, ocorrido no domingo a 60 milhas (110 km) da costa líbia.

O tunisino deverá ser formalmente acusado por um juiz de instrução na sexta-feira.

Malek e outro tripulante, o sírio Mahmud Bikhit, estão entre os 28 sobreviventes do naufrágio, que chegaram na terça-feira à Sicília.

/Lusa

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