“Não podemos continuar a varrer as injustiças para debaixo do tapete”, diz Greta Thunberg

Justin Lane / EPA

Greta Thunberg

Greta Thunberg, jovem ativista sueca, disse, em entrevista à emissora britânica BBC, que tem acompanhado o movimento “Black Lives Matter” e que “não podemos continuar a varrer estas injustiças para debaixo do tapete”. 

Em entrevista à emissora britânica BBC, Greta Thunberg disse que o mundo está a entrar num “ponto de viragem social”, com questões como as alterações climáticas e o racismo. A ativista sueca notou que “as pessoas começam a perceber que não podemos ignorar estas coisas”.

Greta Thunberg admitiu que, perante a crise provocada pela pandemia, não será um plano de recuperação ambiental que resolverá, por si só, todos os problemas, sendo necessário os decisores dedicarem à pandemia e aos problemas sociais a mesma atenção que vêm dando às alterações climáticas.

Greta falou também da sua experiência de confinamento durante a pandemia, bem como dos episódios que ao longo do ano passado a projetaram mundialmente.

A ativista lembrou o seu discurso na ONU, em que questionou as hesitações dos líderes políticos mundiais em adotar compromissos para agir contra as alterações climáticas. “Vou deixar as minhas emoções tomarem o controlo e fazer algo em grande, porque não terei outra oportunidade igual”, recordou Greta Thunberg.

A luta climática de Thunberg começou silenciosamente em agosto de 2018, quando deixou a escola durante as primeiras três semanas e depois, às sextas-feiras, para passar o dia fora do parlamento da Suécia com uma placa que dizia “Greve escolar pelo clima”. Desde então, tornou-se o rosto por trás do movimento de protesto global.

A jovem sueca esteve nos Estados Unidos para participar numa conferência climática das Nações Unidas, além de outras iniciativas, e onde chegou depois de ter conseguido um meio de transporte ecológico: viajou num veleiro de competição que não emite carbono para a atmosfera.

Greta foi escolhida como “Personalidade do Ano” pela revista Time, que colocou na capa uma fotografia da jovem, tirada na costa portuguesa, sob o título “O Poder da Juventude”