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MP francês lança inquérito por homicídio no caso do avião desaparecido na Malásia

Aero Icarus / Flickr

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O Ministério Público de Paris decidiu abrir um inquérito judicial por homicídio involuntário na sequência do desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines, a 08 de março, com 239 pessoas a bordo, divulgou hoje uma fonte judicial.

O inquérito, que será conduzido por um ou por vários juízes de instrução, foi aberto, na quarta-feira, porque quatro cidadãos franceses constavam na lista de passageiros do avião, que continua, até hoje, desaparecido, segundo a mesma fonte citada pela agência francesa AFP.

O Ministério Público já tinha aberto um inquérito preliminar a 11 de março, três dias depois do desaparecimento do aparelho, que fazia a ligação aérea entre Kuala Lumpur e Pequim.

O inquérito judicial foi aberto por “homicídio involuntário por violação deliberada de uma obrigação particular de prudência ou de segurança imposta por lei ou regulamento”, precisou a mesma fonte.

A bordo do voo MH370 seguiam três estudantes do liceu francês internacional de Pequim e a mãe de dois desses jovens. A maioria dos passageiros do avião da Malaysia Airlines (153) era de nacionalidade chinesa.

O aparelho poderá ter caído no Oceano Índico, mas as buscas, que envolveram vários meios de diversos países, não conseguiram, até à data, encontrar quaisquer vestígios de eventuais destroços.

O governo da Malásia foi fortemente criticado pela maneira como lidou com este caso, nomeadamente pela forma como comunicou nos primeiros dias após o desaparecimento do avião.

Na semana passada, a Malásia publicou um relatório preliminar sobre o caso do voo MH370, no qual reconhece a lentidão da resposta das autoridades de Kuala Lumpur no dia do desaparecimento do aparelho.

Entre outros aspetos, o documento precisou que passaram quatro horas entre o momento em que foi constatado o desaparecimento do avião, às 01:38 horas local de 08 de março, e o momento em que o alerta foi acionado oficialmente.

/Lusa

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