Um pescador australiano afirma ter encontrado uma grande peça do Boeing 777 que fazia o voo MH370 da Malaysia Airlines, que desapareceu em 2014 com 239 pessoas a bordo.
Dez anos após o misterioso desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines, Kit Olver, um pescador australiano de 77 anos, quebrou o silêncio.
Em declarações ao Sydney Morning Herald, Olver diz ter encontrado o que acredita ser uma asa do avião, enquanto pescava, apenas seis meses após o trágico desaparecimento da aeronave — e que foi ignorado pelas autoridades.
O pescador descreve o objeto como “uma enorme asa de um grande avião comercial”, e mostra-se arrependido por ter feito a descoberta. “Desejava nunca a ter visto”, confessa.
Segundo o australiano, a asa era maior do que a de um avião particular.
Olver conta que a sua rede de arrasto ficou presa no objeto, e teve dificuldade em trazer a peça à superfície. “O motor do meu barco começou a roncar e a temperatura dos gases de escape até subiram”, recorda.
George Currie, de 69 anos, na altura membro da tripulação de Olver, confirmou ao Morning Herald a história do pescador. “O objeto era incrivelmente pesado e desajeitado, esticou e rasgou a rede, e era demasiado grande para ser trazido para o convés”.
Currie identificou também o objeto como sendo parte de um avião comercial, realçando a sua cor branca e o seu tamanho, características que o distinguem de partes de aviões militares ou aeronaves de menores dimensões.
A tripulação do barco de pesca, incapaz de recuperar a peça do avião para o seu navio, foi forçada a cortar a rede, avaliada em 20 mil dólares — cerca de 18 mil euros.
Olver diz que ainda tem as coordenadas do local da descoberta, que se encontra a uma profundidade relativamente rasa no fundo do mar.
O local encontra-se a cerca de 55 quilómetros a oeste de Robe, uma cidade no Sul da Austrália, que Olver descreveu como a sua área secreta de pesca.
No dia 8 de março de 2014, o voo noturno MH370, de Kuala Lumpur para Pequim, desapareceu com 239 passageiros e tripulantes. Tinha misteriosamente invertido o curso e voado para sul até ficar sem combustível.
As buscas realizadas na altura buscas não encontraram vestígios da aeronave, mas 33 pedaços de destroços – considerados como sendo altamente provável que pertencessem ao MH370 – foram descobertos em 2016 nas Ilhas Maurícias, Madagáscar, Tanzânia e África do Sul.
Apesar dos extensos esforços de busca, os destroços da aeronave nunca foram encontrados. As revelações de Kit Olver levantam questões sobre o possível paradeiro do avião desaparecido e a eficácia das operações de busca iniciais.
Acidente da Malaysia Airlines
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