Ministro diz que contágio não acontece dentro das universidades (e afasta o seu encerramento)

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José Sena Goulão / Lusa

O ministro da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Manuel Heitor

Depois de ter sido avançado que o Governo estaria a ponderar a mudança para o ensino à distância nas universidades e politécnicos, o ministro Manuel Heitor veio a público afastar essa hipótese.

O Observador adiantou na terça-feira que o Governo estaria a “ponderar fechar as universidades e os institutos politécnicos”, que estão a demonstrar ser um local forte de contágio.

No entanto, esta quarta-feira, o ministro da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Manuel Heitor, disse, em declarações à RTP, que confinar as instituições “não resolve a situação” pandémica, reiterando que os estabelecimentos de ensino superior são todos “de alta segurança”.

“As instituições de ensino superior são certamente hoje das instituições mais seguras, e os números são bem claros: na Covilhã, em Coimbra, Aveiro, no Porto, no Minho, Lisboa, Évora, em todas veem-se ambientes de alta segurança e os números assim o confirmam”, disse o governante.

Manuel Heitor disse que “os períodos de contágio que não estão dentro das instituições, não é confinar as instituições de ensino superior que resolve”.

Desta forma, o ministro está alinhado com o Presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior, Gonçalo Leite Velho, que admitiu, em entrevista à Rádio Observador, ver com “estranheza” esta intenção do Governo.

“Não conhecemos nenhum estudo que indicie a questão do aumento dos contágios dentro do ambiente universitário. Antes pelo contrário”, referiu.

Leite Velho garantiu que que os “professores estão a fazer aquilo que lhes compete” – manter o ensino presencial – e que os professores estão preocupados com a saúde pública, mas sobretudo com a qualidade do ensino.

Esta terça-feira, durante as reuniões com os partidos em Belém, Marcelo Rebelo de Sousa informou os deputados de que encerrar universidades e politécnicos era uma possibilidade que o Governo tinha em cima da mesa. No entanto, o plano não está ainda fechado.

ZAP //

3 Comments

  1. Dizem tudo ao contrário, os contágios onde mais acontecem é nos estudantes, seja nas universidades e principalmente nos anos mais baixos, em que como é normal as crianças têm muito menos cuidado.
    Quando quiserem admitir isso de uma vez então podemos controlar a epidemia!
    Até porque as aulas podem continuar à distância já se testou e funcionou bastante bem!

  2. Há alguma irresponsabilidade em afirmações como esta. É óbvio que as cantinas escolares são viveiros de vírus. Quem é que nega esta evidência?

  3. Uma pessoa que faz uma afirmação destas nunca poderia ocupar um lugar como ministro deste setor! Tenho pra mim que nunca mais pisou numa universidade desde que se formou, se bem que tenho dúvidas que algum dia andou em uma. Entregues aos bichos é como estamos!

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