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Ministério da Habitação tem uma das maiores fatias do PRR, mas só gastou 3%

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António Cotrim / Lusa

A nova Ministra da Habitação, Marina Gonçalves

Marina Gonçalves tem em mãos 1,8 mil milhões de euros da ‘bazuca’ europeia, mas até ao momento só gastou 3% do valor total.

O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) tem a seu cargo 1,8 mil milhões de euros de subvenções e empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O montante total serve para, até 2026, construir e reabilitar 26 mil casas para habitação social, mais 5 mil para arrendar a preços acessíveis.

No entanto, até ao momento, apenas foram gastos 50 milhões de euros — o equivalente a 3% do valor total disponível, avança o Expresso.

O Programa de Apoio ao Acesso à Habitação (PAAH) é o maior investimento do IHRU e prevê a aplicação de 1.211 milhões de subvenções da ‘bazuca’.

As primeiras três mil casas devem ser entregues até setembro deste ano, embora o prazo final seja até junho de 2026. Até agora foram executados cerca de 46 milhões de euros — menos de 4%.

“O Governo, não obstante os conhecidos constrangimentos conjunturais, mantém o objetivo de garantir habitação digna a 26 mil famílias via PRR, não estando à data prevista qualquer reprogramação”, garante ao Expresso o gabinete da ministra da Habitação, Marina Gonçalves.

O outro grande investimento do PRR é o Parque Público de Habitação a Custos Acessíveis. Em causa está um montante de 775 milhões de euros para colocar 6.800 casas a arrendar até junho de 2026.

Deste valor, 607 milhões são para 5.210 casas promovidas diretamente pelo IHRU. No entanto, segundo o Expresso, o IHRU ainda só mobilizou 3,7 milhões de euros — menos de 1%.

A tutela de Marina Gonçalves está a falhar no cumprimento da meta intercalar. As obras em 520 destas casas já deviam ter arrancado até setembro de 2022. O Ministério da Habitação espera cumprir a meta “nas próximas semanas”.

A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) estima que o investimento no PAAH esteja adjudicado em 21%.

O vice-presidente da CPCI considera que a capacidade de executar os 26 mil fogos até 2026 é “altamente improvável“.

Daniel Costa, ZAP //

6 Comments

  1. Perguntem às chefias e equipas técnicas que gerem os programas de apoio o motivo para que tudo esteja tão atrasado. É uma vergonha! Total incapacidade e falta de profissionalismo. Uma vergonha. Alguém devia pôr esta gente na ordem!

  2. Vi ontem na TV, direto do Parlamento. Parece neurótica e a arrogante esta acanalhada ministra. Pertence à classe dos “jovens turcos” que atualmente dão cabo do PS?

  3. …Até ao momento, apenas foram gastos 50 milhões de euros — o equivalente a 3% do valor total disponível. É assim que (des)governa esta gentalha. Não há ideias, não há projetos…e tantos milhões disponíveis que não são gastos. Este governo é uma fraude imensa aos portugueses.

  4. Esta ministra, se é que se pode chamar ministra, no dia a seguir a ter apresentado o pacote de habitação, deveria ter apresentado de imediato a demissão. Incompetência total. Não sei como é que esta gente chega a ministro.

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