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“Milagre português” na gestão da covid-19 pode dar vantagem no turismo

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A boa impressão que Portugal deixou a nível internacional no que toca à gestão da pandemia de covid-19 pode revelar-se um trunfo aquando da retoma do turismo a nível mundial.

A gestão que Portugal tem feito da pandemia de covid-19 deixou uma boa impressão além fronteiras. Aquilo que a imprensa internacional apelidou de “milagre português” pode trazer uma “vantagem competitiva” na retoma do turismo, opina o presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), Eduardo Miranda.

“Já tínhamos uma imagem forte de um país seguro, de confiança e no topo da lista do turismo. Agora, esta gestão positiva da crise veio reforçar também essas ideias”, disse o empreendedor.

“Isso pode ser uma vantagem competitiva de Portugal. Agora, tudo passa pela negociação entre países. Uma coisa é haver uma apetência pelos turistas, de virem primeiro para Portugal, porque confiam em Portugal; outra coisa é as rotas estarem abertas”, acrescentou em declarações à Rádio Renascença.

Eduardo Miranda salienta que há sinais de retoma nas zonas balneares, mas que nos centros urbanos a situação permanece complicada. O presidente da ALEP pede mais “apoios a fundo perdido” para o setor, que vai atravessar “um ano duríssimo”.

O facto de muitos portugueses optarem por fazer férias em Portugal já é, por si só, um sinal de esperança, admite. Eduardo Miranda salienta que há um interesse crescente por propriedades isoladas no interior, que “é quase os portugueses a descobrirem determinadas zonas do país”.

Ainda assim, prevê uma queda de reserva e faturação muito significativa, “talvez menos de metade do que era o período homólogo do ano passado”. Como alternativa, o que muitos estão a tentar fazer é criar um “plano B” para se aguentarem até que haja uma retoma mais sólida.

Eduardo Miranda afasta também uma descida dos preços, realçando que “isso seria um erro enorme”.

“O problema neste momento não é uma questão de preço, pelo contrário. Quando começarem as aberturas internacionais, os potenciais turistas vão estar à procura de condições especiais, condições de limpeza, de higienização, isso vai ter custos adicionais. Eles querem, acima de tudo, confiança e, portanto, talvez até estejam disponíveis a pagar por essa confiança”, disse o presidente da ALEP à Renascença.

ZAP //

1 Comment

  1. Só espero, por esta e outras razões (entre as quais está a morte de cidadãos) que os números não disparem em resultado da falta de disciplina.

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