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Metro de Lisboa e Carris ficam em mãos espanholas

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LHOON / Wikimedia

O Grupo espanhol Avanza venceu o concurso para subconcessão da Carris e do Metro de Lisboa, disse à agência Lusa fonte do Ministério da Economia.

O resultado do concurso foi hoje anunciado pelo Ministério da Economia, que explicou que a escolha do grupo espanhol Avanza implica que o Estado conseguirá uma poupança anual superior a 25 milhões de euros e mais de 215 milhões de euros durante o período de concessão, que é de oito anos.

Entretanto, a Avanza especificou que vai ganhar 1.075 milhões de euros por oito anos de gestão dos transportes urbanos de Lisboa, o Metro e a Carris.

“A Avanza [grupo ADO] apresentou a oferta mais bem avaliada pelo Governo português para gerir a Carris (empresa que explora os autocarros urbanos de Lisboa) e o Metro Lisboa. Trata-se de um contrato de 1.075 milhões de euros por oito anos de gestão do transporte urbano de Lisboa, que serve 260 milhões de passageiros ao ano”, indicou a empresa em comunicado enviado à agência Lusa.

Assim, explicou a Avanza, o contrato pela Carris é de 625 milhões de euros e o do Metro Lisboa é de 450 milhões de euros para oito anos e meio.

A empresa espanhola explica que a Carris conta com 622 autocarros que prestam serviço a 120 milhões de passageiros por ano, espalhados por 70 linhas em Lisboa que percorrem, no total, 30 milhões de quilómetros anuais.

Já o Metro de Lisboa serve 140 milhões de passageiros por ano, com 111 unidades triplas de Metro em quatro linhas e 55 estações.

“Este concurso é o resultado de muitos meses de trabalho e esforço das pessoas que formam esta empresa, para oferecer ao Governo de Portugal e à cidade de Lisboa a experiência e o serviço de grupo especializado em mobilidade, orientado para a satisfação dos utentes e dos cidadãos”, afirmou o presidente do Grupo ADO para Espanha e Portugal, Luis Fernando Lozano.

Na segunda-feira, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, tinha anunciado que cinco candidatos apresentaram propostas para as subconcessões do Metropolitano de Lisboa e da Carris, das quais três eram conjuntas às duas empresas.

Apresentaram uma proposta conjunta a transportadora parisiense RATP (Régie Autonome des Transports Parisiens), a britânica National Express e a espanhola Avanza.

Na Carris estavam interessados ainda a Barraqueiro – que faz parte do consórcio que recentemente venceu o concurso para a privatização da TAP – em conjunto a TCC (Transports Ciutat Comtal), que integra o consórcio que venceu o concurso público para a subconcessão da STCP, transportes públicos do Porto.

Para a gestão do Metro de Lisboa tinha-se candidatado ainda a francesa Transdev.

/Lusa

4 Comments

  1. Espero que isto venha acabar com as grevezinhas cirúrgicas da sexta feira, e leve à erradicação de sindicalismo selvagem que se preocupa com o bem instalado dos associados e completamente “barimbando” para o serviço público

  2. 7 anos 7 meses de greves – “Cosciência de classe” corporativista na mão do sindicalismo selvagem , especializado em mandar ao fundo empresas independentemente de serem deficitárias ou não – LISNAVE, SETNAVE,SOREFAME, CIMENTEIRAS, CARRIS, METRO, TAP, SIDERURGIA NACIONAL, METALÚRGICAS, TRANSPORTES FLUVIAIS, TRANSPORTES FERROVIÁRIOS – CP, antigos CTT etc. etc.

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