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Matos Fernandes responde a ataques do PSD sobre lítio. Rio “é engenheiro nasal”

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Tiago Petinga / Lusa

O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, ladeado pelo secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba

O Ministro do Ambiente e Ação Climática, Matos Fernandes, respondeu esta quarta-feira aos ataques do PSD sobre o contrato de lítio no concelho de Montalegre, considerando que o líder social democrata é “engenheiro nasal”.

Em causa está o contrato de concessão de exploração de lítio em Montalegre, assinado entre o Governo e a Lusorecursos Portugal Lithium, que tem estado envolto em polémica.

O PSD “não sabe ler o que escreve”, acusou Matos Fernandes, recordando que o contrato foi já validado pelo atual Governo mas, antes disso, foi assinado através de um contrato concedido pelo Governo PSD/CDS, à época liderado por Pedro Passos Coelho e com Álvaro Santos Pereira na tutela.

“O PSD, que então soube escrever, hoje já em sabe ler o que escreve. A ausência de hábitos de leitura do seu presidente é agora norma no conjunto do partido”, apontou Matos Fernandes numa intervenção escrita, citada pelo jornal Observador.

“Diz o PSD que lhe cheira a esturro? Só posso fazer-lhe uma sugestão. Que desligue o forno, pois o empadão de mentiras que inventou, feito de sobras dos jantares de sexta-feira à noite, esturricou. Em termos de líder de oposição que é engenheiro nasal, especialidade que a Ordem não reconhece”, disse, respondendo às suspeitas lançadas pelos sociais democratas sobre a assinatura do contrato de exploração de lítio.

Matos Fernandes desvalorizou ainda as principais questões levantadas na reportagem da RTP, frisa ainda o mesmo jornal.

Matos Fernandes e Galamba na AR

O ministro do Ambiente e o secretário de Estado da Energia, João Galamba, foram esta quarta-feira ouvidos na Assembleia da República, na sequência deste contrato.

João Galamba disse que “teria cometido um crime” se tivesse revertido o despacho que aprovou a concessão da pesquisa e exploração de lítio em Montalegre, conforme lhe foi pedido. Já o ministro do Ambiente afirmou que “só por estultice ou por má-fé se pode usar o argumento da juventude da empresa que assinou o contrato”.

“Não se pode interromper um processo administrativo que decorre nos termos da lei, porque alguém diz que ‘há marosca'”, defendeu o governante.

“O que foi pedido [a reversão do despacho] era uma ilegalidade. Se eu tivesse revertido o despacho aí sim teria cometido um crime”, acrescentou, esclarecendo que, nesse caso, estaria a substituir-se a um juiz.

Matos Fernandes disse ainda que o anterior diretor-geral da Energia e Geologia, Mário Guedes, “não tinha competências” para exercer aquela função. “Dois ou três dias depois de começar a trabalhar com o diretor-geral, que não conhecíamos, ficou evidente que ele não tinha competências” para assumir aquelas funções, afirmou.

O governante classificou como “inenarrável” a declaração de Mário Guedes de que “nunca assinaria aquele contrato de concessão [à Lusorecursos] sem haver estudo de impacte ambiental”. “Isso é completamente ilegal”, considerou Matos Fernandes.

“Primeiro existe um contrato que diz que o estudo de impacte ambiental é da responsabilidade do proponente. (…) O divórcio existe para os casados e, portanto, eles têm de se casar primeiro e só depois é que se divorciam”, esclareceu o ministro com a pasta do Ambiente.

A audição conjunta do ministro do Ambiente e do secretário de Estado Adjunto e da Energia surge na sequência de um requerimento do grupo parlamentar do PAN para a audição do ministro por causa dos contratos de concessão para a exploração de lítio em Montalegre, distrito de Vila Real, e também de um requerimento do PSD sobre a concessão da gestão de biorresíduos e as respetivas metas.

Polémica do lítio

O interesse pelo lítio português despertou em 2016, ano em que deram entrada 30 novos pedidos de prospeção e pesquisa deste metal, impulsionado pelo aumento da procura global devido à utilização nas baterias do automóvel elétrico.

Desde então, várias associações ambientalistas, câmaras municipais e população já se pronunciaram contra a prospeção e exploração de lítio, com o Governo a defender, por outro lado, que aquele recurso é essencial para a transição energética.

Em Portugal, as seis principais ocorrências de lítio localizam-se na Serra de Arga (dividida pelos concelhos de Caminha, Ponte de Lima e Viana do Castelo), Covas do Barroso (Boticas), Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), Guarda, Mangualde e Segura (Idanha-a-Nova).

ZAP // Lusa

12 Comments

  1. Matos Fernandes e Galamba, encobrem-se um ao outro. São dois vigários de alto gabarito. Cabe ao povo transmontano escorraçar esta escória perigosa.

    • Você sabe o que é o lítio?
      Está a comentar o quê? Onde é que está a vigarice?
      Quando você fala de escória a que se refere, àquilo que vai para a escombreira, resultante do processo ou às pessoas?
      O povo transmontano ,não é mentecapto como você

    • Você sabe o que é o lítio?
      Quem é vigário e porquê
      Não fale de coisas que não conhecerá.
      O povo transmontano não é mentecapto.

      • Ó Galamba vai lá com calma, pá!
        Acha normal criar uma empresa 3 dias antes com o capital mínimo e sede na junta de freguesia do PS para ganhar a exploração do lítio?! Mas o Jorge está tolo ou quê?! Olhe que no país há quem pense um pouco mais do que o seu intelecto, infelizmente, aparenta permitir-lhe!
        Nunca meça os outros pela sua bitola! Não é boa ideia. E fazer de todo um povo parvo parece-me ambicioso de mais.
        Este caso deveria ser investigado e rapidamente pelo ministério público.

  2. Acima de tudo é cristalino… nãos abemos o que quer dizer cristalino na linguagem dos PS´s …
    Arrogante e ditador… nada pior…

    • sabes porque é que as elsas tem os pés mais curtos do planeta? para chegarem mais perto do fogão. és tão púdica que quando ouviste falar em desabrochar pensaste que era para tirar da boca.

  3. Esta história do lítio deveria ser investigada pelo ministério público. Tudo isto cheira muito mal e relembra as negociatas do outro governo que ficará para a história de Portugal como o governo dos ladrões.

    • para quê? pra concluírem o mesmo que no caso dos submarinos, da coelheira e acções do bpn, dias queijeiro do bpn, a segurança social do passas, o banco do relvas…………

  4. O ministro tem umas piadas engraçadas….
    Numa meio desta salganhada toda, uma coisa é certa: o contrato de prospeção de 2012 e o de concessão de 2019 foram assinados pela mesma pessoa!!

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