Para Luís Marques Mendes, o Governo “não tem estado bem” na preparação e resposta à segunda vaga da pandemia de covid-19.
Se o Governo tivesse agido mais cedo, “evitavam-se muitos contágios, podiam evitar-se algumas mortes, evitavam-se eventualmente medidas tão drásticas quanto estas”. “Toda a gente sabe: quanto mais tarde se age, pior”, salientou Luís Marques Mendes, no seu habitual espaço de comentário na SIC.
O antigo líder do PSD referiu ainda que o Governo “andou a dormir na forma” e que revela já “desnorte, de falta de capacidade de antecipação, de falta de planeamento e até de liderança”.
Marques Mendes reconheceu que as medidas dotadas são um “choque”, em particular o recolher obrigatório, mas lembrou que “a situação dos novos contágios começa a ser dramática”, que “os hospitais estão à beira da rutura”, que a “pandemia está relativamente descontrolada” e que “o número de mortes está a crescer de forma preocupante”.
Se nada for feito, “ainda acabamos num confinamento geral”, frisou.
Este domingo, na SIC, acusou o Governo de “demagogia” por sugerirem que as medidas vão salvar o Natal. “Estas medidas não são para salvar o Natal. São para salvar vidas. Para salvar o Serviço Nacional de Saúde da rutura e do colapso.”
“O Governo deve falar verdade. E falar verdade, neste caso, é explicar aos portugueses, a tempo e horas, o seguinte: no período do Natal vamos ter limitações à circulação, como houve na Páscoa e no Dia de Finados? E que tipo de limitações? E durante quantos dias? Isso, sim, o Governo tem de explicar a tempo e horas. Para que as pessoas possam programar as suas vidas e o Natal. Fora isso, não abusem da inteligência dos portugueses.”
Em relação à solução encontrada para derrubar Vasco Cordeiro nos Açores, através de uma “geringonça” de direita, Marques Mendes disse que “o PS não tem autoridade para se queixar. Fez o mesmo em 2015, quando Costa fez a geringonça”.
Ainda assim, o antigo líder social-democrata deixou um aviso: Rui Rio corre riscos depois de o PSD/Açores ter aceitado negociar com o Chega e o PSD pode perder capital político se não alterar a perceção instalada de que está a normalizar André Ventura.
“Rio tinha dito que o PSD não fazia acordos com o Chega enquanto ele não mudasse. Como agora houve este acordo, mesmo sem o Chega mudar, há um problema de perceção política. A perceção de que o PSD mudou, normalizou o Chega e que pode repetir esta solução no plano nacional. Esta perceção, se não for desmontada, pode afastar o PSD dos eleitores moderados do centro, vitais para ganhar eleições. Ou seja: o Chega acrescenta votos no Parlamento. Mas pode tirar votos e credibilidade no país”, argumentou.
Coronavírus / Covid-19
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Este sem duvida que ajudou e muito na pandemia, não foi?
Marques Mendes é como a Justiça ou falta dela anda a dormir em forma foste apanhado nas escutas dos vistos Gold e ela estava a dormir senão estavas preso assim como muitos outros Mafiosos.
O advogado papagaio também “considerava” o BES um banco sólido e jurava a pés juntos que não havia lá problema nenhum!!