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Marques Mendes diz que entrevista de Costa teve dois objetivos: refazer a geringonça e colar PSD ao Chega

Carlos Barroso / Lusa

No seu habitual espaço de comentário na SIC, Luís Marques Mendes falou este domingo da entrevista de António Costa e da evolução de pandemia em Portugal.

Para o ex-líder do PSD, na entrevista que deu ao Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF, o primeiro-ministro, António Costa, esqueceu-se de deixar uma mensagem aos mais novos e à classe média, limitou-se a colar o PSD ao Chega, para ficar com o centro que concentra mais votos, e a tentar recuperar a gerigonça para conseguir aprovar o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

“Faltou uma ideia para o Governo. “Faltou um objetivo, uma causa, sobretudo nesta fase em que temos que recuperar a economia”, defendeu Marques Mendes.

O comentador disse ainda que a entrevista teve dois objetivos claros: “distribuir charme e simpatia pelo BE e PCP” para “tentar refazer a geringonça para aprovar o Orçamento do Estado” e “encostar o PSD ao Chega para consolidar o Centro”.

Marques Mendes considerou ainda ser tempo de Costa se manifestar em relação ao caso Sócrates, que, segundo o ex-líder do PSD, já deixou de ser um caso de Justiça para passar a ser um caso político. “Perante um comportamento político, o partido deve tomar posição. É igual se fosse o PSD”, disse.

Marques Mendes criticou ainda a reação da deputada Constança Urbano de Sousa à entrevista do histórico do PS, João Cravinho, que concluiu que não interessava a Sócrates avançar com o pacote anticorrupção. Segundo o comentador, o comentário roçou a “má educação”.

O comentador falou ainda do anúncio relativo à criação de residências universitárias para os filhos dos funcionários públicos. Para Marques Mendes, a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, “foi injusta e preconceituosa”.

Lei de emergência sanitária já devia estar pronta

O comentador da SIC defendeu uma lei de emergência sanitária, considerando que o estado de calamidade em que o país agora se encontra não é adequado, mas que o estado de emergência não se devia ter estendido durante tanto tempo.

“Acho que devia ter sido feita antes”, sustentou. “Não devíamos ter estado tanto tempo no estado de emergência e não devíamos estar agora na calamidade”, continuou.

Apesar disso, o ex-líder do PSD elogiou o país. “Passámos de um pântano para o oásis”, referiu, colocando Portugal como um dos melhores países da Europa em termos de casos.

Marques Mendes também olha para o processo de vacinação de forma positiva. “As coisas agora estão a correr muito bem”, disse.

Por outro lado, as restrições das vacinas da AstraZeneca e da Johnson & Johnson fazer com que cerca de 7 milhões de vacinas adquiridas fiquem por gastar. “Assim vamos ter um atraso na vacinação de pelo menos um mês”, previu.

O comentador referiu ainda que a Janssen podia ser colocada à disposição de quem tem entre 30 a 40 anos, de forma voluntária, para não atrasar o processo de vacinação. A Direção Geral da Saúde (DGS) já permite que as pessoas abaixo dos 50 anos que queiram tomar voluntariamente esta vacina pode fazê-lo.

Maria Campos, ZAP //

 

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