O submarino USS Thresher afundou misteriosamente em 1963, e as razões são, até hoje, desconhecidas. Graças a um processo interposto por Jim Bryant, um capitão da Marinha norte-americana já reformado, estamos prestes a descobrir a razão.
No dia 12 de abril de 1963, às 9h17, o submarino nuclear norte-americano USS Thresher emitiu a sua última mensagem, antes de afundar e ser esmagado pela pressão da água nas profundezas do Atlântico. A bordo do navio estavam 129 oficiais e marinheiros.
Quase 57 anos depois, este continua a ser o pior desastre submarino da Marinha dos Estados Unidos, além de ser um dos mais enigmáticos. Ao longo deste anos, a Marinha recusou divulgar o relatório, de 1.700 páginas, alegando a sua extrema confidencialidade. Até hoje, foram divulgadas apenas 19 páginas.
Jim Bryant, um capitão da Marinha norte-americana já reformado, fez da divulgação do relatório uma causa. “Sinto responsabilidade para com os homens que estavam a bordo e para com as suas famílias”, disse, citado pelo portal Stars and Stripes.
“As primeiras sociedades indígenas norte-americanas provaram ser um livro aberto, ao contrário dos submarinos da Marinha movidos a energia nuclear. Mesmo o material já desclassificado sobre estes sistemas de propulsão está bloqueado, fora da vista do público”, salientou Bryant.
Em duas ocasiões diferentes, a primeira em junho de 2017 e a segunda em abril do ano passado, o capitão de 72 anos recorreu, ainda que sem sucesso, à Lei de Liberdade de Informação, adianta o Popular Mechanics.
No início de 2019, apresentou um pedido de divulgação do relatório no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito da Columbia, tendo um juiz federal ordenado que a Marinha fosse tornando públicos excertos do relatório em segmentos mensais de 300 páginas, desde 15 de maio até 15 de outubro.
A Marinha recorreu, solicitando mais tempo para analisar os documentos e apagar informações confidenciais. O advogado de Bryant contestou, sublinhando que a Marinha norte-americana já havia prometido fazer isso há 22 anos.
Este mês, o juiz recusou o recurso da Marinha norte-americana.
Em 1963, um tribunal de investigação naval determinou que a causa do acidente terá sido o rompimento de um tubo, que terá provocado o afundamento do submarino.
Bruce Rule, um oficial da Marinha, também reformado, que era responsável pela rede secreta de hidrofones instalados no fundo do oceano (que servia para escutar os submarinos russos), escreveu um pequeno livro de 42 páginas sobre o assunto.
Rule concluiu que o submarino perdeu energia por razões desconhecidas. Depois de ter afundado, foi esmagado pela pressão da água do oceano. Bryant não descarta esta hipótese, mas insiste em ler o relatório oficial da Marinha dos Estados Unidos.
Como se diz, soldado ou marinheiro naquele país da OTAN não passa de carne para canhão.
A foto usada no artigo não é a do Thresher que afundou (número de amura 593 e completamente diferente).
Obrigado pelo reparo, está corrigido.
Este é decididamente o Eu!
Conhece a terminologia náutica como o a amura… Afinal trabalha nos estaleiros de Viana do Castelo!