O Presidente da República defendeu, esta quarta-feira, que é preciso “criar um travão de reforçada emergência”, com confinamento, para inverter o crescimento acelerado da covid-19 em Portugal antes de haver vacinação generalizada.
Numa nota publicada no portal da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou a renovação do estado de emergência até 30 de janeiro, assinalando que teve o apoio de “mais de 90% dos deputados” (CDS-PP e PAN juntaram-se ao PS e PSD no voto a favor, BE absteve-se).
“A presente renovação e o confinamento que a acompanha pretendem criar um travão de reforçada emergência, evitando um alastramento, antes de a vacinação poder constituir um dique imunitário minimamente amplo e eficaz”, afirmou.
O chefe de Estado deixou um apelo aos portugueses: “De novo, todos nós teremos de conjugar ânimos, vontades e resistências para alcançarmos o que alcançámos entre março e maio do ano passado – um suplemento de tempo e de alma num desafio de fim mais próximo, mas ainda indeterminado”.
“Há quase um ano, vencemos esse desafio. Só há mais razões, hoje, para o vencermos, uma vez mais”, acrescentou, manifestando-se convicto de que Portugal poderá sair melhor do confinamento a legislar pelo Governo.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, esta declaração do estado de emergência “tem um fim muito urgente e preciso: tentar conter e inverter o crescimento acelerado da pandemia, visível, nos últimos dias, em casos, internamentos, cuidados intensivos e, ainda mais, em mortos. (…) Essa contenção e inversão impõe-se e é muito urgente”, reforçou.
O Presidente da República defendeu que “há que tentar obter resultados palpáveis no mais curto espaço de tempo possível, não deixando que a pandemia entre, ao nível do patamar existente, em fevereiro e março”, alertando que “isso significaria multiplicação do número de mortos, situação mais crítica nas estruturas de saúde, maior fragilização do clima de confiança das pessoas e comunidades, agravamento duradouro da crise económica e social”.
Este é o nono decreto do estado de emergência no atual contexto de pandemia de covid-19. Este diploma modifica o estado de emergência atualmente em vigor, com novas normas que se aplicam nos últimos dois dias desse anterior decreto, que termina às 23:59 de sexta-feira, e renova-o por mais quinze dias, desde as 00:00 de sábado, 16 de janeiro, até às 23:59 de 30 deste mês.
Presidente voltou a Belém e fica em vigilância passiva
Entretanto, Marcelo Rebelo de Sousa regressou hoje ao Palácio de Belém, onde retomou a atividade, embora esteja em “vigilância passiva durante 14 dias”, por indicação das autoridades de saúde.
Segundo a nota divulgada no portal da Presidência, “o delegado de saúde regional de Lisboa e Vale do Tejo confirmou ontem, perto da meia-noite, que o Presidente da República ‘após avaliação de risco, foi considerado como tendo tido exposição de baixo risco‘, podendo retomar a atividade”.
Contudo, Marcelo Rebelo de Sousa terá de ficar em “vigilância passiva durante 14 dias” o que significa “não frequentar locais com aglomerações de pessoas”.
“Esta avaliação refere-se tanto à situação resultante do teste positivo da passada segunda-feira, seguido de dois testes negativos realizados pelo Instituto Ricardo Jorge, que é o laboratório nacional de referência, quer ao contacto com o elemento da sua segurança pessoal cujo resultado positivo do teste foi conhecido ontem [terça-feira] ao fim da tarde”, lê-se na mesma nota.
ZAP // Lusa
A mesma pessoa que diz que é necessário confinar para matar mais rápido a economia, é a mesma pessoa que não tem um pingo de vergonha na cara para adiar as eleições. Marcelo que ser eleito nem que só vá votar 20% da população o importante é ele vencer.
A pessoa que tomou posse em janeiro de 2016, infelizmente, já não existe. Com o passar dos anos, e com a vinda desta pandemia, percebemos que a gestão levada a cabo por este pentelho não é, de todo, orientada, tendo em vista a justiça.
O gajo reconheceu o perigo dos convívios do Natal. O gajo fala num travão… mas o travão só é necessário quando alguém está com pressa e lixa tudo. Neste caso, as medidas foram demasiado light, o povo confiou nos seus “governantes” miseráveis, e morreu. Quem se foi, não pode agoirar frente a quem os injuriou, no entanto, quem está vivo pode E DEVE reclamar se algo não estiver bem – não está bem ignorar restaurantes e pequenas lojas, não está bem manter as escolas abertas, não estão a ser coerentes outros acontecimentos, mas o que temos é esta bola de neve que nunca pára de rolar…