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Marcelo “pouco conservador” defende debate nas escolas sobre violência, toxicodependência e sexo

Paulo Novais / Lusa

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República defendeu esta quinta-feira que a educação para o ambiente “deve começar no básico do básico” e que temas como a violência, a toxicodependência e o sexo também deve ser falados na escola.

Marcelo Rebelo de Sousa falava perante cerca de 200 alunos do 8.º ao 12.º anos, na Escola Secundária Ibn Mucana, no concelho de Cascais, durante uma aula que durou mais de uma hora e meia, em resposta a uma pergunta sobre o ambiente.

“A educação para o ambiente é crucial, deve começar no básico do básico, para não dizer no pré-escolar”, afirmou o chefe de Estado, acrescentando que é “muito pouco conservador” em certas realidades.

“Eu aí, confesso, sou muito pouco conservador. Acho que há realidades como a violência, o ambiente, a toxicodependência, o sexo, e outras realidades assim, em que, à sua maneira, tem de se ter a noção do que é respeitar as outras pessoas e viver com elas, e que há formas diferentes de falar disso em vários momentos da vida”, declarou.

Segundo o Presidente da República, “é um absurdo achar que as pessoas podem contactar com essas realidades no dia a dia, na televisão, na Internet, e não falar nisso na escola”.

Sobre o ambiente, o Presidente da República defendeu que “não há verdadeiro desenvolvimento humano se, além de haver criação de riqueza, não houver criação de condições ambientais em geral para todos”, a nível global.

“Isso leva a alterar a forma como se cria a riqueza, como se produz, como se vive. Temos de mudar a nossa maneira de viver, a maneira como se consome”, advogou.

No final desta aula, Marcelo Rebelo de Sousa falou aos jornalistas e foi questionado sobre a notícia de que o Governo prepara um novo projeto sobre a identidade de género que poderá descer para os 16 anos a idade legal para a mudança de sexo e eliminar a obrigatoriedade de um atestado médico.

// Lusa

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