O comentário de Marcelo sobre Passos foi… dramático

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André Kosters / LUSA

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

Sem dizer o nome de Passos Coelho, o presidente da República atirou: “Cada um dramatiza o que entende que é útil”.

Após algum tempo de silêncio – algo invulgar – Marcelo Rebelo de Sousa apareceu.

O presidente da República tem deixado espaço mediático para os partidos, em campanha eleitoral.

Nesta quarta-feira contou aos jornalistas que acompanhou os debates e que está esclarecido. Vai votar já neste domingo, dia 3; o voto antecipado será para dar o exemplo e tentar combater a abstenção.

Na Bolsa de Turismo de Lisboa, Marcelo foi questionado sobre as recentes declarações de Pedro Passos Coelho.

“Nós precisamos de ter um país aberto à imigração mas, cuidado, precisamos de ter também um país seguro. Na altura, o Governo fez ouvidos moucos. E, na verdade, hoje as pessoas sentem uma insegurança que é resultado da falta de investimento e falta de prioridade que se deu a essas matérias. Não é um acaso”, disse o antigo primeiro-ministro, quando esteve na campanha da AD, em Faro.

Sem falar directamente sobre essa aparente ligação entre imigração e segurança, Marcelo disse: “Cada um dramatiza aquilo que entende que é útil para obter votos. Depois na hora de verdade os portugueses dirão se valeu a pena ou não”.

O presidente da República também falou sobre o que tinha acontecido horas antes, precisamente na Bolsa de Turismo de Lisboa: Luís Montenegro foi atingindo com tinta verde por um activista climático.

Marcelo acha que a ideia é “boa”, porque é sobre o “clima e que todos partilhamos. É um bom apelo, é um apelo de jovens”.

A questão é a forma: “A partir de determinada altura é uma forma de actuação muito pouco eficaz“.

“À primeira vez é novidade, à segunda vez é novidade… à 15.ª já não é novidade, e por isso perde eficácia. Já disse isto na terceira ou quarta vez”, recordou o chefe de Estado.

O movimento Fim ao Fóssil reivindicou o ataque ao presidente do PSD, justificando: “Nenhum partido tem um plano adequado à realidade climática”.

Estes activistas exigem o fim da utilização de combustíveis fósseis até 2030 e que, já em 2025, o gás deixe de ser usado para produzir electricidade – sendo substituído na íntegra por electricidade renovável e gratuita.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

2 Comments

  1. O comentário de Marcelo, foi igual a Marcelo e à dimensão da sua pessoa.
    Simplesmente desprezível, mas muito revelador do que a sonsisse esconde.

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