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Manuel Machado apela à resistência contra a privatização da água

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O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, apelou hoje à resistência dos conimbricenses para impedirem a privatização do sistema de água no concelho.

“Temos de nos colocar em estado de alerta”, exortou Manuel Machado, afirmando acreditar que “Coimbra tem capacidade de resistência” para não permitir que lhe “tirem a gestão de bens públicos” como a água.

Manuel Machado, que também é presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), falava ao final da tarde de hoje, no encerramento do colóquio “A água como bem público, direito humano, potenciadora de desenvolvimento, qualidade de vida, saúde e emprego”, que decorreu no Museu da Água, em Coimbra, por iniciativa da Comissão Politica Concelhia do PS local, no âmbito do Observatório de Políticas Urbanas.

“O caminho se não for atalhado a tempo está traçado”, sustentou o autarca, afirmando que “por mais que os ministros digam que não a querem privatizar, eles querem mesmo privatizar” a água.

“O sinal de que querem privatizar a água está à vista com os lixos”, com a privatização da recolha e tratamento dos resíduos sólidos urbanos, sustentou Manuel Machado, considerando que o que Governo “está a fazer um esbulho aos municípios”.

“Espero que o PS se mantenha firme na defesa desta bandeira da não privatização da água”, salientou a vice-reitora da Universidade de Coimbra Helena Freitas, que não é do PS, mas se sente “próxima” deste partido, por ele defender importantes causas como esta, afirmou.

O líder distrital do PS e presidente da empresa municipal Águas de Coimbra (AdC), Pedro Coimbra, sublinhou o facto de o atual executivo municipal e a empresa que dirige terem conseguido “baixar a fatura da água ao consumidor final”, num valor não tão significativo quanto seria desejável, mas que representa uma redução da ordem dos 210 mil euros por ano nas receitas da empresa, montante que terá de ser “suprido com cortes na despesa”.

As dificuldades da AdC, designadamente para reduzir o preço da água ao consumidor, resulta essencialmente de situações como o facto de a empresa ter de pagar à Águas do Mondego (detida maioritariamente pela Águas de Portugal) quatro milhões de metros cúbicos de água por ano que não consome, sublinhou Pedro Coimbra.

O deputado e coordenador do PS na Comissão de Ambiente da Assembleia da República, Pedro Farmhouse, o deputado e líder concelhio do PS de Coimbra, Rui Duarte, e o vereador na Câmara de Coimbra Carlos Cidade foram outros dos participantes no colóquio, que visou assinalar o Dia Mundial da Água.

/Lusa

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