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Maia colocou hipótese de decretar estado de calamidade, mas ARS do Norte descartou

(dr) Maia Primeira Mão

António Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal da Maia

A Câmara da Maia revelou ,esta terça-feira, que colocou a hipótese, junto da ARS-Norte, de ser decretado o estado de calamidade no concelho e a instituição de um cordão sanitário e que solicitou às forças de segurança “intervenção mais assertiva”.

António Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal da Maia, evocou a possibilidade de ser decretado o estado de calamidade no concelho e a instituição de um cordão sanitário, mas o responsável da administração de saúde do Norte, Carlos Nunes, revelou que a situação da Maia não é diferente da maioria dos concelhos do norte e do país.

Em comunicado, a autarquia acrescenta “que um cordão sanitário se justifica, do ponto de vista técnico, quando se está perante uma transmissão comunitária, não havendo dados, neste momento, que isso se verifique na Maia, onde estão identificadas as cadeias de transmissão do vírus”. A Câmara revela ainda que Silva Tiago “exigiu explicações ao presidente da ARS-Norte, solicitando indicações quanto às medidas a tomar”.

Segundo a Câmara da Maia, todas as medidas que lhe são permitidas legalmente tomar estão em prática, sendo que, continua a descrever a autarquia, “outras medidas mais drásticas terão que ser decretadas pelas autoridades de saúde e políticas nacionais”.

“A Câmara da Maia está a monitorizar a evolução da situação e em permanente contacto com as autoridades, estando pronta para exigir mais medidas quando e se isso se justificar”.

Na nota revelada, a autarquia procura, ainda “tranquilizar, tanto quanto possível, os maiatos”, apontando que os dados têm de ser analisados tendo número de habitantes – 135.306 de de acordo com a página da Área Metropolitana do Porto – e “as características muito específicas” do concelho que faz fronteira com sete municípios.

“[A Maia] é sede do segundo maior aeroporto do país e é altamente industrializado, o que obriga, apesar das medidas adotadas pelas empresas em relação ao teletrabalho, à deslocação diária de milhares de pessoas”, lê-se na nota da autarquia que acrescenta que “a própria DGS já veio dizer, posteriormente, que a listagem estatística por concelho que divulgou corresponde apenas a 54% dos casos confirmados, o que, no mínimo, destitui de rigor qualquer extrapolação que dela se possa fazer”.

De acordo com o boletim divulgado na terça-feira pela DGS, o concelho da Maia aparece em terceiro lugar no total de casos confirmados positivos de Covid-19 com 104 positivos, atrás de Lisboa (175) e Porto (126) e antes de Vila Nova de Gaia (68).

O comunicado da Câmara da Maia enumera as medidas tomadas em matéria de contenção da epidemia e de apoio à população, nomeadamente o pedido de instalação de um Centro de Rastreio Móvel Covid Maia, em parceria com o Agrupamento de Centros de Saúde

“O município exige igual empenho por parte das autoridades de saúde”, frisa António Silva Tiago, que decidiu, também, solicitar às forças de segurança “uma intervenção ainda mais assertiva no aconselhamento à população para se manter em casa”.

“Neste momento, a única coisa que os maiatos podem e devem fazer é ficar em casa e respeitar as indicações e ordens das autoridades de saúde e autoridades civis decorrentes da situação de estado de emergência. Esse é o apelo da Câmara da Maia, garantindo que está na primeira linha para defender a saúde e a tranquilidade dos maiatos”, remata.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.

ZAP // Lusa

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