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Livre indisponível para geringonça 2.0. Liberal contra “aranhonça”. E o Chega é a “alternativa agressiva”

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André Kosters / Lusa

Rui Tavares e Joacine Katar Moreira, do Livre, recebidos pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Marcelo Rebelo de Sousa começou nesta terça-feira de manhã uma verdadeira maratona para ouvir todos os partidos eleitos para a Assembleia da República, com vista à formação do novo Governo. Livre, Iniciativa Liberal e Chega, os partidos que se estreiam no Parlamento, foram os primeiros a ser ouvidos.

A delegação do Livre que conseguiu eleger a sua primeira deputada, Joacine Katar Moreira, foi a primeira a ser recebida por Marcelo Rebelo de Sousa que começou as audiências às 11:30 horas e só as deverá terminar pelas 20 horas. Uma verdadeira maratona para indigitar o quanto antes o novo primeiro-ministro.

Depois da conversa com o Presidente da República, Joacine Katar Moreira explicou aos jornalistas que o Livre não está disponível para integrar uma possível geringonça 2.0. António Costa anunciou que vai contactar também o Livre e o PAN, além do Bloco de Esquerda e do PCP, no sentido de firmar uma nova coligação governamental em nome da estabilidade política durante os próximos quatro anos.

Não é o nosso objectivo entrar na constituição de nenhuma coligação partidária”, vincou Joacine Katar Moreira, frisando, contudo, a disponibilidade do Livre para “conversar e dialogar com outros partidos políticos”, nomeadamente com vista a eventuais “entendimentos multilaterais”.

A deputada do Livre sustentou que o partido vai ter como missão fundamental defender o seu programa eleitoral, “insistindo sucessivamente na necessidade de uma maior justiça social e climática”.

Liberal critica possível “aranhonça” de Costa

Após a audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, o Iniciativa Liberal que elegeu também o seu primeiro deputado, João Cotrim de Figueiredo, fez questão de manifestar o seu desagrado com o modo como decorreu o processo eleitoral e com a forma como o Presidente da República está a receber os partidos, para formar o novo Governo, numa altura em que ainda falta saber a contagem dos votos dos emigrantes.

O presidente do Liberal, Carlos Guimarães Pinto, esforçou-se para evitar criticar Marcelo Rebelo de Sousa directamente, insistindo antes nas críticas ao processo e demonstrando a “tristeza por estas audiências estarem a acontecer quando ainda faltam muitos votos por contar”.

“Não vamos apoiar a indigitação do primeiro-ministro António Costa”, vincou também quanto à posição do Liberal no processo de formação do novo Governo. “Somos uma clara oposição ao socialismo e, como tal, não poderíamos apoiar um Governo deste tipo”, sublinhou, deixando ainda uma crítica a uma possível coligação governamental que definiu pejorativamente como “aranhonça”, numa referência à possibilidade de estender a geringonça a mais partidos, além do Bloco de Esquerda e do PCP.

Chega vai ser a “alternativa agressiva e popular”

Certo também é que o Chega de André Ventura não vai apoiar o Governo socialista. “O PS não contará com a viabilização nem com o apoio do Chega”, salientou aos jornalistas o primeiro deputado eleito pelo partido, após a audiência com Marcelo.

André Ventura admitiu, contudo, apoiar o Governo em medidas pontuais que considere “proveitosas para o povo português”. Como exemplos citou a eventual restituição de direitos aos polícias e a alteração do novo Código Penal para “punir criminosos violentos”.

O deputado do Chega também lamentou que “a imprensa internacional não cesse de fazer ataques” ao seu partido por o classificar como de “extrema-direita” e “fascista”. “É inadmissível o desrespeito” pelos portugueses que votarem no Chega, considerou.

Depois de António Costa ter dito que não contava com o Chega “para nada”, André Ventura apontou que podem contar com o seu partido para fazer “oposição” e para ser “uma alternativa” que não tem “medo das palavras”. O deputado prometeu manter o discurso assente numa “linguagem agressiva e popular”, frisando que é esse o tom que faz sentido para muitas pessoas.

SV, ZAP //

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14 Comments

  1. O Liberal é a comédia nacional…
    Dá vontade de rir quando o tipo começa a entortar os olhos e a gaguejar, já parece a outra do Livre…
    Muito bom!

  2. Que estupidez de comentário. Tal como disse a “outra” Joacine o importante é não gaguejar cerebralmente como a Sra. Dona Ana Isabel faz. Quanto ao Carlos Pinto tem um discurso rápido e inteligente, pena não ter sido eleito.

  3. Não entendo estes “novos partidos”, apenas elegeram um deputado cada um e já falam com uma arrogância como se o destino da política dependesse apenas deles.
    São precisas muitas formigas para transportar uma folha.
    Com esta posição arrogante estão sujeitos a tornar-se a chacota dos restantes políticos e do povo português.
    É apenas a minha opinião, não se ofendam, vale apenas o que vale, é a opinião de um cidadão entre muitos milhões…

    • Vao poder entrar nos debates, e expor porque é que Portugal caiu 8 posicoes nos ultimos 20 anos de socialismo, e porque é que Portugal já é o 3º dos ultimos. Acho bem que a mediocridade seja exposta

      • Concordo, vão poder entrar nos debates e isso é muito importante, mas quem é que vai ligar ao que dizem, vai ser um “os cães ladram e a caravana passa” (ditado popular, não se leve à letra), como acontece com quase tudo.
        Mas será que é com essa atitude arrogante que vão conseguir trazer a água ao nosso moinho e ganhar a simpatia geral para atingir os fins?
        É que “não é com vinagre que se apanham moscas”, diz o povo.
        O que não concordo é com a atitude arrogante do “só fazemos acordo com o que está no nosso programa eleitoral, de resto rejeitamos tudo”, é muito radical para o meu gosto, mas eu tenho mau gosto…

  4. “Carlos Pinto”, como é que sabe se o “Carlos” se chama também Pinto ?????…se calhar o “Artur” também se chama “Pinto”, “Carlos” ou outro nome qualquer !!…….. uma forma talvez de se auto-elogiar !

  5. Esse palhaço que criou o Livre (livre de quê?) já andou a alanzoar que os partidos de extrema direita não deviam estar no parlamento. Para esse badameco só a extrema esquerda. Já criou o grupelho em 2014 e agora lá apanhou o tacho. Se não houvesse 230 tachos criados por eles e para eles, esta esquerdalha andava tudo a cavar batatas. Assim andam a sugar o suor de quem trabalha.

    • Pois…
      Já a malta da direita (direitalhos?) não é nada chupista…
      Durões, Santanas, Portas e outros flops..
      A esmagadora maioria nem para cavar serve…
      Inúteis…
      Em todos os quadrantes.
      Parece uma Rosa das Bandalheiras…

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