Portugal vai também adotar medidas obrigatórias para cumprir as metas acordadas entre os Estados-membros da União Europeia (UE) relativamente à poupança no consumo de energia, com impacto nos serviços públicos, empresas, comércio, indústria e consumidores.
Segundo o Expresso, o Governo solicitou à Agência para a Energia (ADENE) a preparação de um “plano de poupança de energia e eficiência hídrica”. O presidente da ADENE, Nelson Lage, confirmou que o objetivo é ter o plano pronto nas próximas “duas ou três semanas”, podendo haver medidas de caráter provisório.
A UE acordou um plano de poupança de 15% do consumo de gás para aumentar as reservas no inverno e ajudar os países que mais venham a precisar, como a Alemanha. Portugal e Espanha ficaram com uma meta de poupança de 7%, devido à menor dependência da Rússia e às fracas interconexões com outros países da UE.
Ao que o Expresso apurou, as medidas do plano assentam em sete áreas fundamentais: edifícios residenciais; comércio e serviços; indústria; Administração Pública; mobilidade, transportes e frotas; formação e qualificação, com vista a uma melhor gestão dos recursos; e informação e sensibilização.
A intenção do Governo, continuou o semanário, é identificar as medidas que poderão produzir resultados práticos na poupança de energia e, depois, ver se é preciso uma nova fonte de financiamento para as pôr em prática.
Na terça-feira, o ministério do Ambiente confirmou que seria apresentado um plano de poupança de energia, que passaria, “por exemplo, por uma campanha de sensibilização geral para a redução do consumo de energia por parte de empresas e famílias e medidas de limitação de consumo de energia nos edifícios da Administração Pública”.
Em entrevista à TVI, o ministro Duarte Cordeiro, sugeriu que Portugal não precisaria de medidas adicionais porque já estava a conseguir reduzir significativamente o consumo de gás desde o início do ano, “só com o aumento do preço”.
Redução de temperatura e cortes na iluminação
Entre as medidas para a redução do gás, Espanha aprovou esta semana a limitação da temperatura nos edifícios administrativos, comerciais e culturais; obrigatoriedade de manter as portas fechadas nos locais públicos e reduções de iluminação nas montras das lojas e fachadas de edifícios, cuja luz deve ser cortada a partir das 22:00.
Na Alemanha o plano alemão prevê três fases. Em Berlim, começou pela redução da iluminação de quase 200 edifícios e monumentos; em Hanover foi suspensa de água quente nos chuveiros dos edifícios públicos, piscinas, e centros desportivos e em Ludwigshafen estão a fazer um levantamento das infraestruturas que têm de permanecer abertas no pior cenário possível.
A França está a preparar decretos que proíbem as lojas com ar condicionado de terem portas abertas, sob pena de lhes serem aplicadas multas, além de restringir os letreiros luminosos.
Acho bem. Existe para aí um gasto em energia em edificios, totalmente desnecessária. Mas devia era ser sempre.
E podemos avançar em primeira mão as medidas definidas pelo governo:
PROGRAMA NACIONAL DE RACIONALIZAÇÃO ENERGÉTICA (PNRE)
1-A utilização de ar condicionado ou qualquer outro sistema de climatização é proibida.
2-É proibida a utilização de qualquer sistema de iluminação.
3-É proibido ligar qualquer aparelho à tomada.
4-Todos os locais de trabalho deverão estar totalmente às escuras. Poupa-se energia na iluminação e será necessária menos energia para a climatização.
5-Os PC’s terão de funcionar através de um pequeno gerador que funciona a pedais. Assim, cada trabalhador deverá gerar a sua própria energia. Nos equipamentos partilhados (por exemplo, impressora) as empresas podem optar por ter um ciclista a tempo inteiro ou cada um pedala para imprimir as suas próprias folhas.
6-Todos os trabalhadores deverão apresentar-se nus ao trabalho.
O governo acordou???
Finalmente