Já nenhum dos quatro líderes independentistas catalães detidos em Madrid defende a via unilateral para conseguir a independência da Catalunha.
Ontem à noite, Jordi Sánchez, ex-líder da associação Assembleia Nacional Catalã, Jordi Cuixart, presidente da Ómnium Cultural, e Joaquim Forn, à frente da pasta do Interior no último governo catalão, juntaram-se a Oriol Junqueras e renunciaram à via unilateral diante do juiz da Audiência Nacional.
Sánchez e Forn, deputados eleitos, foram ainda mais longe, dizendo que deixam o lugar no Parlamento caso o Junts per Catalunya insista nesse caminho, avança o Diário de Notícias.
Os três admitiram ainda no novo interrogatório de Pablo Llarena que o referendo de 1 de outubro não tem qualquer efeito legal.
O “único” referendo válido será o que for convocado pelo governo de Espanha, disse Cuixart ao juiz, segundo as fontes da defesa citadas pelos jornais espanhóis. Além disso, reconheceu que a declaração unilateral de independência foi meramente “simbólica”.
Os dois Jordis, como são conhecidos, foram detidos a 16 de outubro, sendo investigados por sedição nas manifestações prévias ao referendo. Ambos defenderam que os protestos nunca foram violentos e que sempre trabalharam para que fossem pacíficos.
Por seu lado, Forn admitiu ter participado no referendo sabendo que era “ilegal”. Mesmo dizendo não renunciar à independência, alegou que esta não pode ser conseguida de forma unilateral, mas por vias constitucionais.
O ex-conseller disse que recusará um pedido para entrar para o próximo governo. Os três detidos – Junqueras não foi ouvido ontem – pediram a Llarena para serem libertados, com os dois deputados a reiterar que querem assumir os seus novos cargos.
Oriol Junqueras já tinha dito ainda que “segundo o artigo 4.1 do Regulamento do Parlamento, os deputados devem assistir aos debates e votações do plenário” porque “são “insubstituíveis” e o seu voto é “indelegável”.
Assim, fica derrubado o plano da Juntos pela Catalunha: conseguir que o seu candidato, Puigdemont, faça o discurso de investidura a partir de Bruxelas ou que o delegue num deputado da sua lista a leitura da sua mensagem no hemiciclo.
Ao ponto que isto chegou, afinal é o dito pelo não dito. Realmente as ditaduras ainda prevalecem e derruba valores intrínsecos.
São por estas e outras tantas razões, que não acredito em políticos, na política, do que hoje é verdade amanhã é uma miragem.
NÃO HÁ POLÍTICOS HONESTOS… A DIFERENÇA É QUE UNS SÃO MAIS DESONESTOS QUE OUTROS….
Por vezes, parece que os ZES NINGUÉM DA POLÍTICA, como eu me considero, percebem mais do que os políticos profissionais. Já se sabia que o problema Catalão ia acabar como acabou. Os intervenientes presos e a, suposta independência, suspensa, sine die. Pois, se a constituição Espanhola, não permite independências, veja-se o caso Vasco, como é que são tão ceguinhos que se lançam nessa aventura. Estragaram o seu futuro como políticos e, agora, com o rabinho entre as pernas, abandonam barco. E, a meu ver, com muita sorte, porque se tivesse de intervir o exército, seria o seu fim. Ganhem juízo e obtenham mais e mais autonomia.
“Acagaçaram—se”. Os catalães até podem ser ricos e cultos mas faltam lhes tomates e, mais uma vez, vacilaram perante as históricas tentações franquistas de Espanha! Por estas e por outras eles nunca conseguiram ser um Estado.