O pirata informático já sabe qual vai ser a equipa de juízes que o vai julgar pelos 90 crimes de que está acusado, entre os quais acesso ilegítimo, acesso indevido, violação de correspondência, sabotagem informática e tentativa de extorsão.
De acordo com a RTP, o juiz Pedro Lucas, que presidiu à “Operação Furacão”, vai substituir a juíza Helena Leitão, afastada por ser cliente de uma das alegadas vítimas de Rui Pinto.
Antes desta magistrada, já o magistrado Paulo Registo tinha sido também substituído do processo. O juiz apresentou um pedido de escusa por existir suspeita sobre a sua imparcialidade, depois de surgirem notícias, fotografias e publicações nas redes sociais a dar conta da sua ligação afetiva ao Benfica e que ironizavam com o hacker e com a ex-eurodeputada Ana Gomes. O magistrado vai ser rendido por Margarida Alves.
De acordo com o Jornal de Notícias, a regra da distribuição eletrónica de processos não se aplica nos casos de substituição de juiz, pelo que não houve sorteio. Os dois magistrados foram substituídos por aqueles estavam a seguir.
Rui Pinto é acusado de 90 crimes de acesso ilegítimo, acesso indevido, violação de correspondência, sabotagem informática e tentativa de extorsão. No início do mês, o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) negou provimento ao recurso do Ministério Público (MP), que pedia que o hacker informático fosse julgado por 147 crimes.
O pirata informático foi preso na Hungria e extraditado para Portugal, ao abrigo de um mandato internacional. Esteve em prisão preventiva desde março de 2019 e foi colocado em prisão domiciliária a 8 de abril, mas em habitações disponibilizadas pela Polícia Judiciária (PJ).