O Tribunal Supremo espanhol decidiu hoje manter na prisão quatro separatistas catalães, entre eles o ex-vice-presidente, Oriol Junqueras, e fixou fianças de 100 mil euros para seis ministros regionais poderem sair em liberdade.
O juiz considerou que não há risco de fuga, mas observou que há risco de repetição de crime nos casos de Junqueras, do ex-ministro regional Joaquin Forn e dos dois dirigentes de organizações separatistas regionais, Jordi Sánchez y Jordi Cuixart.
“Os seus casos estão diretamente ligados a uma explosão de violência que, a repetir-se, não deixam margem para corrigir ou satisfazer aqueles que foram envolvidos nela”, considerou o juiz Pablo Llarena.
Estes quatro separatistas estão a ser investigados por delitos de rebelião, secessão e peculato e não poderão participar na campanha eleitoral para as regionais de 21 de dezembro que começa à meia noite desta terça-feira.
Dos quatro presos, só Jordi Cuixart não é candidato às próximas eleições.
Os restantes seis ministros regionais foram libertados sob o regime de pagamento de fiança no valor de 100 mil euros. Além disso, Raul Romeva, Carles Mundó, Dolores Bassa, Meritxell Borrás, Jordi Rull e Josep Turull terão de se apresentar semanalmente no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha ou outro tribunal de comarca à sua escolha, estão proibidos de abandonar o país e têm de entregar os passaportes.
Entretanto, o ex-presidente do governo catalão Carles Puigdemont e quatro outros dos seus ex-ministros regionais que fugiram para a Bélgica são ouvidos hoje em Bruxelas por um juiz que terá de decidir sobre o pedido de extradição pedido por Espanha.
ZAP // Lusa