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“Desconfinar não é desarmar”. Jovens não respeitam regras e estão a propagar covid-19 em Setúbal

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O coordenador da Proteção Civil Municipal de Setúbal, José Luís Bucho, manifestou-se esta segunda-feira preocupado com os excessos cometidos pela população jovem no concelho, que acusa de desrespeitar as regras e propagar a doença covid-19.

“As pessoas têm de começar a comportar-se melhor. Todos os dias há dois ou três casos [suspeitos de covid-19] de pessoas que foram com os amigos para a praia, que estiveram em festas de aniversário ou com os amigos num qualquer convívio à noite”, disse.

“Não é por acaso que muitos estabelecimentos estão obrigados a encerrar às 20h. Mas as pessoas continuam a juntar-se em grande número, sem distanciamento social e a maioria sem máscaras, sem coisa nenhuma. Não tomam nenhum cuidado, pensam que isto já passou, principalmente os jovens da faixa etária entre os 16 e os 22 anos“, acrescentou o coordenador da Proteção Civil Municipal.

Apesar dos excessos cometidos por alguns grupos de pessoas, principalmente pelos jovens, o concelho de Setúbal tem apenas 114 infetados ativos num universo de 120 mil habitantes. Segundo José Luís Bucho, quase todos os infetados do concelho estão a cumprir o período de isolamento em casa (112) e “há apenas duas pessoas internadas, mas nenhuma nos cuidados intensivos”.

O coordenador da Proteção Civil Municipal adiantou ainda que, neste momento, o Centro Hospitalar de Setúbal tem apenas seis doentes internados com covid-19, número confirmado à agência Lusa pela unidade hospitalar.

“Durante o pico da pandemia na região, o máximo que tivemos foram 22 pessoas na enfermaria. Desde há dois meses, temos tido apenas entre duas e seis pessoas na enfermaria”, acrescentou José Luís Bucho, reiterando, no entanto, a necessidade de se respeitarem as regras de prevenção da propagação da pandemia para evitar que o número de infetados venha a aumentar outra vez, dado que não é possível detetar todas as pessoas infetadas, já que muitas podem estar assintomáticas ou ter sintomas muito ligeiros.

Desconfinar não é desarmar. Muitos jovens que contraem a doença são assintomáticos, mas acabam por contagiar os pais, os irmãos, os avós, toda a gente. É preciso manter o distanciamento social e os cuidados de higiene. Os jovens podem ir para a praia, desfrutar da natureza, mas não devem fazê-lo em grandes grupos. E se não tiverem nada para fazer, o melhor é ficarem em casa”, disse o coordenador da Proteção Civil Municipal de Setúbal.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 569 mil mortos e infetou mais de 12,92 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.662 pessoas das 46.818 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

// Lusa

8 Comments

  1. Estranho estes jovens estarem a propagar, mas nas manifestações do “Black Matter Lives Matter”, não houve propagação!!!!!

    O malandro do virus tem tendências racistas e politicas!!!!!!

  2. Os jovens têm que ter cuidado, pois são mais atraentes do que os velhotes e o vírus parece ter também os seus gostos!

  3. Não é só em Setúbal, é em todo o lado. Mais à noite juntam se em bandos, como até não se via. Fazem mesmo questão de ficaram mais apertados, quietos, a falar ou a ver os telemóveis. Fazem me lembrar os pinguins no árctico agrupados bem juntinhos. É ficam assim muito tempo até irem para casa. Vejo isto em diversos locais. Depois vão para casa. E aí dos pais ou avós que tenham azar.

  4. Não é justo! Dizem que são os jovens… Não!!! São todos!!!… Ou quase todos que não respeitam as regras!!! Até vemos o Costa e o Marcelo a não respeitar as distâncias! Vemos reportagens de praias e outros sítios onde “dizem” que estão a respeitar as regras e… basta ver no fundo da reportagem… Tudo ao monte! São os jovens, são velhos e os são os outros! Deve haver praí 10% da população que tenta respeitar as regras (refiro-me essencialmente ao distanciamento social) e vêm-se á rasca por causa dos outros 90%! Até assisti a uma cena “gaga”. Fui acompanhar a minha mãe a um teste de covid (ela tem de fazer um tratamento e por isso tem de fazer o teste sempre que o faz) e, qual não é o meu “espanto” (entre aspas porque já não me espanta assim tanto) quando o “homem” começa a chamar o pessoal para fazer o teste, juntaram-se logo 6 ou sete pessoas! E nem essas pessoas se aperceberam do que estavam a fazer (dentro de um hospital) nem o “homem” nem nenhum profissional de saúde que “abundam” em locais como estes… É uma vergonha dizer que (quase) só é os jovens que se “portam mal”. Só digo uma coisa: com tanto desrrespeito que aqui anda (em Portugal – embora haja relatos em outros países) é mesmo uma grande sorte que ainda não tenha havido um super surto! Mas; infelizmente, não vai faltar muito graças a um desconfinamento brutalmente rápido feito demasiadamente cedo. Há quem diga que não soubemos combater o surto. Pefeitamente certo! Mas; infelizmente, continuamos a cometer os mesmos erros! E tudo porquê? O capital! É o capital que “exige” este confinamento apressado sem cuidados, deixando tudo ao critério do cidadão (que se porta “muito bem”, como é possível assistir nas ruas, para quem tem olhos de ver). Hoje, se o Benfica perder, vamos ter em mãos (daqui por duas semanas) vários surtos de Covid no norte. Não tenho qualquer dúvida! Para terminar (isto já vai longo e tem muito por onde se pegar para os/as críticos/as) custa-me ver e ouvir os altos dignatários a dar péssimos exemplos á população. Basta ver o Marcelo a falar sem máscara, o Costa também, assim como outros que deveriam dar o exemplo. É difícil ouvir? O que está primeiro? A reeleição ou a saúde das pessoas (e refiro-me também á saúde dos altos dignatários também)?
    Nota: A máscara, para quem não souber, é para ser usada em cima da boca e… do nariz! É por esses três orifícios que o vírus entra! Quando vamos espirrar, temos de manter a máscara colocada, caso contrário, esta é absolutamente inútil, um pouco como as chamadas máscaras comunitárias que filtram quase tanto como um lenço na cara…
    Tenho dito! Agora é esperar pelas críticas e insultos que talvez tenham resposta… Ou não!

    • Caro não é justo!
      Totalmente de acordo com o seu comentário.
      De facto não são apenas os jovens a não cumprirem as normas mínimas sugeridas pelas entidades de saúde e do governo, são talvez os 90% da população. Digo normas mínimas sugeridas, mas devia dizer “normas máximas impostas”, porque de outra forma não haverá solução possível.
      É evidente que é na juventude que vemos os maiores disparates, mas a verdade é que toda a gente falha. E mesmo quem pensa que está a proceder correctamente não deixa de falhar a toda a hora. É que não basta usar máscara, é preciso saber usá-la. E é preciso saber que a máscara pode não ser suficiente. A testa, os óculos, os cabelos, o pescoço, as orelhas, as mãos e braços, o vestuário. etc., tudo isso pode estar infectado. O simples banho (duche) que tomamos frequentemente pode ser fácil veículo infeccisoso se antes não desinfectarmos a outras partes da cabeça que podem estar carregadas de vírus. Os objectos que manuseamos, os produtos de hipermercados ou outros, as distâncias entre pessoas que estão regulamentadas podem não ser suficientes, e casos há em que têm de ser muito maiores, mesmo ao ar livre.
      Perante que se ouve dos responsáveis, fica-se com a impressão de que eles não querem dizer tudo, para não assustar a populaça.
      ASSIM NUNCA MAIS LÁ VAMOS!

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