O Jornal Económico e o desportivo A Bola vão avançar para o regime de lay-off devido a quebras significativas nas vendas e publicidade desencadeadas pela pandemia de covid-19, que já fez mais de 300 vítimas mortais em Portugal.
A notícia é avançada esta terça-feira pelo semanário Expresso, que apurou que, ao todo, este regime vai abranger 75 profissionais: 25 do jornal de economia e 50 do desportivo.
No caso do diário de economia, trata-se de um lay-off simplificado que se traduzirá na redução de um dia de trabalho para “a totalidade da redação”. A equipa que trabalhar na sexta-feira, dia em que o jornal sai para as bancas, folga na segunda-feira seguinte.
Em declarações ao jornal Expresso, o diretor do Económico, Filipe Alves, disse que, apesar de o jornal ter fechado o mês de março com 11 milhões de visitas ao site – valor quase três vezes superior à media -, a subida não foi acompanhada pelo aumento de vendas de publicidade, que sofreu “uma quebra muito acentuada”.
Em causa está uma “atitude preventiva” para enfrentar o “tsunami” que se avizinha, disse ainda Filipe Alves, dando conta que o lay-off é válido por 30 dias renováveis.
O jornal desportivo A Bola, que registou uma quebra de vendas na ordem dos 40%, vai colocar 50 funcionários, entre os quais jornalistas, gráficos e administrativos neste regime, que terá também a duração de um mês.
Foi “a solução encontrada pela administração como a menos danosa, tendo em conta os efeitos devastadores da atual situação”, disse Vítor Serpa, diretor do jornal, ao Expresso, caracterizando a situação da imprensa desportiva como “calamidade pública”.
A quebra da publicidade, o encerramento de grande parte dos postos de venda e o facto de todas as modalidades desportivas estarem suspensas são os principais motivos apontado pelo diretor do título para justificar a decisão tomada.
Coronavírus / Covid-19
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