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Mais do que oposição, é alternativa. João Ferreira não aceita pelouros em Lisboa

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António Pedro Santos / Lusa

João Ferreira, do PCP

João Ferreira, o primeiro vereador eleito pela CDU em Lisboa, não aceitará pelouros na Câmara Municipal dirigida por Carlos Moedas.

“Somos em Lisboa uma força de oposição e, mais do que oposição, somos em Lisboa uma força de alternativa.” Foi assim que João Ferreira justificou a decisão, em entrevista ao programa Interesse Público.

Não vamos ter uma atitude passiva, contemplativa, de apreciação de propostas que outros entendam submeter, vamos ser nós mesmos construtores de propostas e de soluções para os problemas que Lisboa enfrenta”, acrescentou.

Nas primeiras reuniões do executivo camarário, João Ferreira quer colocar em cima da mesa questões relacionadas com a mobilidade, os transportes públicos, a habitação, asism como “a necessidade de libertar Lisboa deste pesadíssimo fardo em que se transformou o aeroporto”.

Em relação ao Orçamento do Estado para 2022, Ferreira acredita que o resultado autárquico não vai afetar o processo de análise do OE2022. “A questão já estava respondida antes das eleições e depois das eleições a resposta não se altera”, atirou.

Na entrevista, sublinhou, no entanto, que a viabilização por parte do PCP não é um dado adquirido. “Quando diz ‘toda a gente dá como garantido’, toda a gente não é com certeza. Eventualmente, toda a gente no panorama do comentário televisivo nacional. Mas isso diz mais do comentário televisivo e da sua reduzida pluralidade do que propriamente do que são as posições do PCP”, respondeu.

O voto contra, a favor ou a abstenção “vai depender do conteúdo da proposta e da abertura que existir para incluir respostas à situação nacional que, no passado, as propostas iniciais não continham”.

“É verdade que foi possível por uma intervenção de que o PCP nunca abdicou e também não vai abdicar desta vez, introduzir melhorias. Isso pode levar a que o voto seja a favor, abstenção ou contra”, acrescentou o candidato à Câmara Municipal de Lisboa nas autárquicas de setembro.

Já quanto à possibilidade de vir a ser secretário-geral do PCP, e assim suceder a Jerónimo de Sousa, João Ferreira disse que “a questão não se coloca“.

“Tenho muita alegria e muita satisfação quando olho para o atual secretário-geral do PCP e para a força, determinação e combatividade que ele evidencia e transparece para o coletivo partidário. Houve um congresso há menos de um ano, do qual resultou a eleição do secretário-geral e essa questão nem se coloca. Nem se virá a colocar tão cedo”, disse.

ZAP //

1 Comment

  1. One man show. Ele é candidato a PR, ele é candidato à CML ele é candidato a secretário geral. Quem é ele ?
    Pergunta simples : o que fez até agora na vida ?
    Responda quem souber …
    Outra questão simples : como é que alguém que nada fez ou produziu na vida pretende gerir e governar a vida dos outros que tem que produzir ?

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