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João Ferreira cada vez mais bem posicionado para suceder a Jerónimo

theleft_eu / Flickr

O candidato presidencial apoiado pelo Partido Comunista Português (PCP), João Ferreira.

Depois do resultado de domingo na capital, o ex-eurodeputado comunista foi o único que conseguiu brilhar numa noite negra para o PCP. João Ferreira está cada vez mais bem posicionado para suceder a Jerónimo de Sousa na liderança.

A noite eleitoral do passado domingo foi um tombo para o PCP, com destaque para a perda de autarquias como Loures, Montemor-o-Novo, Mora ou Alpiarça. O secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa, não esteve com rodeios e admitiu mesmo que os comunistas ficaram “aquém dos objetivos”.

Porém, em Lisboa, o candidato João Ferreira, que segurou os dois vereadores e até conseguiu reforçar a sua votação nominal, mostrou-se mais otimista, surgindo com uma aura de “candidato à sucessão” de Jerónimo.

Segundo o Diário de Notícias, o resultado obtido na capital torna o ex-eurodeputado uma “referência praticamente incontornável” como possível sucessor do atual secretário-geral do PCP. Resta saber quando é que isso vai acontecer, até porque Jerónimo de Sousa já deixou claro que ainda não quer deixar o cargo.

Nas próximas legislativas, em 2023, o atual secretário-geral deverá ser novamente o cabeça de cartaz do partido e o próximo congresso comunista só deverá acontecer em 2024. Porém, como lembra o diário, a mudança de líder pode acontecer a qualquer altura, uma vez que quem decide é o Comité Central.

De acordo com o DN, o outro nome que se falava para suceder a Jerónimo de Sousa era o de Bernardino Soares, mas o facto de ter perdido a Câmara de Loures pode tê-lo afastado da corrida.

Outro nome que também costuma surgir em cima da mesa é o do líder parlamentar comunista, João Oliveira, que tem a sua base eleitoral em Évora. No entanto, os resultados de domingo neste distrito foram um desastre, com a CDU a passar para terceira força política.

Depois de ter obtido o seu pior resultado de sempre em 2017, com a perda de 10 câmaras municipais, passando a ter 24, este ano a CDU perdeu outras cinco, ficando com a presidência de 19 municípios e largando a mão de bastiões que lhe pertenciam desde 1976.

ZAP //

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