Jerónimo de Sousa reconhece que os resultados da CDU, nas eleições autárquicas, ficaram “aquém” dos objectivos, mas alerta que não são “determinantes para a política nacional” e rejeita a hipótese de deixar a liderança do PCP.
“Quem anda nesta vida… muitas vezes perde-se. Talvez alguns só saibam ganhar. Muitas vezes, os reveses são lições e ensinamentos“. Eis como Jerónimo de Sousa analisou os resultados eleitorais da CDU, assumindo a derrota da coligação PCP e Os Verdes.
“Reconheço naturalmente que existem perdas, pode haver uma ou duas que a CDU recuperou, mas de qualquer forma não foi o resultado que desejávamos”, apontou o líder do PCP.
Um dos bons resultados eleitorais da CDU foi em Viana do Alentejo, onde “roubou” a Câmara Municipal ao PS, elegendo Luís Miguel Fialho Duarte.
Por outro lado, em Almada, o PS garante a continuidade na liderança de uma autarquia que era um dos grandes alvos da CDU para recuperar o poder.
“As projeções que se conhecem, nomeadamente, de Lisboa e do Porto, são de sentido positivo, de consolidação, de reforço da CDU”, preferiu destacar Jerónimo.
“Independentemente das perdas, a CDU confirma-se como uma grande força do poder local”, salientou ainda o líder comunista.
Recusando a ideia de deixar a liderança do PCP, Jerónimo de Sousa referiu ainda que os resultados autárquicos não são “determinantes para a política nacional”.
O líder do PCP referiu ainda que o resultado obtido pela CDU ocorreu num quadro “particularmente exigente”, por causa da pandemia de covid-19